quarta-feira, 3 de junho de 2009

Senadores da base conseguem adiar instalação da CPI da Petrobras

A base aliada do governo Lula no Senado Federal adiou para a próxima quarta-feira a instalação da CPI da Petrobras. O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), presidente temporário da comissão, havia convocado reunião para esta quinta-feira, com o objetivo de dar início aos trabalhos da comissão. Os governistas, porém, querem mais tempo para negociar os nomes dos parlamentares que vão ocupar a presidência e a relatoria da CPI. Líderes do governo Lula afirmam que o adiamento tem como objetivo solucionar o impasse criado com a oposição na CPI das ONGs. Os governistas queriam que o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) fosse reconduzido à relatoria da comissão, que tinha sido ocupada pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Arruda havia perdido o cargo ao se tornar titular da CPI da Petrobras. Como um parlamentar não pode ocupar simultaneamente duas comissões parlamentares de inquérito como titular, Arruda passou a suplente da CPI das ONGs, e perdeu automaticamente a relatoria. O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), presidente da CPI das ONGs, designou Virgílio para o cargo. A mudança irritou os governistas, que prometeram só instalar a CPI da Petrobras depois que a pendência na comissão das ONGs fosse solucionada. Para variar, a oposição (PSDB e DEM) arriou mais uma vez. A idéia dos governistas é protelar o início do trabalho até o recesso legislativo do mês de julho, o que na prática eliminará a CPI da Petrobras. Os oposicionistas sabem disso, e mesmo assim continuam fazendo “acordinhos” com os petistas.

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