sexta-feira, 10 de julho de 2009

Aécio Neves critica "populismo" de Lula e quer coluna da oposição

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), criticou na quinta-feira os "populistas" do governo Lula e pediu que os 94 jornais que publicam coluna do presidente também dêem espaço para a oposição. Aécio Neves, um dos possíveis candidatos à Presidência, disse que sugeriu isso a líderes do DEM, recebidos por ele, e do PSDB. Pediu que tentem conseguir espaço nos jornais para a oposição se posicionar sobre os mesmos assuntos tratados pela coluna de Lula. Aécio Neves disse que o País precisa de "gestão pública mais qualificada e menos populismo", citando o PAC e a publicidade do programa “Luz para Todos”. Então foi questionado se considerava a coluna de Lula um ato populista: "Nós não vamos proibir o presidente de se manifestar. Se os jornais dão a ele esse espaço, que seja dado. Mas eu acho que, em benefício da democracia, para que não fique um discurso unilateral, poderia ser dado espaço no dia seguinte para que alguém da oposição fizesse comentário em relação ao que foi colocado”. Segundo o governador, isso impediria que fosse passada a idéia de que há "vinculação desses veículos com o governo". "Seria importante que se abrisse o mesmo espaço para alguma liderança de oposição se manifestar", disse Aécio Neves. Na primeira coluna "O presidente responde", publicada na última terça-feira, Lula falou sobre SUS, habitação e Copa, aproveitando para explicar irregularidades na preparação dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Aécio Neves disse que não colocou em dúvida as explicações de Lula sobre o Pan, mas que a oposição poderia dar também sua versão sobre o fato. Ao falar dos atos populistas de Lula, Aécio Neves se referiu às propagandas de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que pode ser uma das principais plataformas eleitorais do governo federal na eleição de 2010, quando deverá tentar eleger a ministra Dilma Rousseff. "Há muita propaganda que não corresponde às ações concretas que vão sendo tomadas", disse ele, citando também a publicidade do programa “Luz para Todos”. Conforme Aécio Neves, 70% do programa em Minas Gerais é custeado pelo governo estadual, mas a Eletrobrás e o governo Lula não citam isso na propaganda: "O governo federal entra com cerca de 30% e se apropria do programa Luz para Todos, como se fosse ele, solitariamente, o responsável por esse programa”.

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