quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ministro Guido Mantega nega descontrole nos gastos públicos do governo Lula

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que há um compromisso do governo Lula em cumprir a meta de superávit primário de 2010, que está definida em 3,3% do PIB. Superávit primário é a economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida pública. “Em 2010, vamos retomar o patamar de superávit primário dos anos anteriores. Em ano eleitoral, o governo manterá a austeridade dos últimos anos”, disse Mantega, destacando que isso ocorrerá sem prejuízo dos programas sociais e dos investimentos públicos. Ele afirmou que não é verdade que há descontrole de gastos de custeio e lembrou que essas despesas estão em um nível semelhante ao verificado em 2007. “Os gastos de custeio não estão crescendo acima do desejado”, assegurou. Em relação aos gastos com pessoal, o ministro reconheceu que essas despesas estão de fato subindo, mas disse que ainda estão abaixo de 5% do PIB. Ele lembrou que em 2002, ainda no governo anterior ao de Lula, esses gastos estavam acima de 5% do PIB: “Não há descontrole dos gastos com pessoal”. O ministro reiterou que o governo vai cumprir as metas fiscais de 2009 e 2010, mesmo que tenha de cortar gastos para isso e destacou que a relação dívida/PIB deve cair: “Não estamos preocupados com a dívida. A trajetória dela é descendente”. O ministro da Fazenda afirmou que a situação fiscal do País deve melhorar no segundo semestre, refletindo a recuperação da atividade econômica e seu impacto positivo nas receitas. Mantega lembrou que a queda no superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) neste ano reflete a perda de receitas por conta da crise econômica e das desonerações feitas para enfrentamento da situação e também a decisão do governo de manter seus investimentos e gastos sociais para estimular a economia. Segundo o ministro, a confiança dos agentes econômicos vêm subindo no Brasil e sobe mais do que em outros países. Ele disse que o Brasil vai fechar 2009, apesar das previsões céticas, com crescimento.

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