quinta-feira, 9 de julho de 2009

Polícia Federal confirma ligação de libanês Khaled Hussein Ali com Al Qaeda

O delegado Daniel Lorenz, da Polícia Federal, confirmou na terça-feira, em audiência na Câmara dos Deputados, que o libanês Khaled Hussein Ali, que ficou preso em São Paulo, acusado de propagar ideais racistas na internet, tem ligações com a organização terrorista Al Qaeda. Segundo Daniel Lorenz, que até a última semana chefiava o Departamento de Inteligência da Polícia Federal, Khaled Hussein Ali utilizava a rede para recrutar e treinar militantes em outros países, além de dar apoio logístico e fazer reconhecimento de potenciais alvos terroristas. Para preservar o sigilo da operação a Polícia Federal atribuiu a prisão a uma investigação sobre células nazistas. O libanês tem ligações com a Al Qaeda, que tem como líder o terrorista Osama bin Laden. A Polícia Federal e o ministro da Justiça, Tarso Genro, negaram. "Temos a percepção de que há estrangeiros, a exemplo de K., que estão a executar ações de recrutamento, treinamento, apoio logístico e reconhecimento para ações terroristas ainda fora do País. Utilizavam o Brasil, como um lugar tranquilo, para ajudar organizações terroristas", disse o delegado. "Aquilo nos frustou", disse Lorenz, referindo-se à informação dada pelo jornal Folha de S. Paulo: "Não era o momento de trazer à baila a ligação dele com a Al Qaeda”. O libanês, que vive em São Paulo com a mulher e filha brasileiras, é dono de LAN houses e, segundo a Polícia Federal, coordenava o "Jihad Media Battalion", organização virtual que é utilizada como uma espécie de relações públicas on-line da Al Qaeda: "Inicialmente o que era proselitismo da causa defendida pela Al Qaeda se transformou em um espaço para recrutamento, apoio, segurança operacional e também o local de onde emanavam o que eles chamam de ordens de batalha para ações fora do País”. A investigação da Polícia Federal contou com colaboração do FBI que informou a localização de Khaled Hussein Ali, repassando o IP do computador dele. Com autorização judicial, a Polícia Federal quebrou a criptografia do computador de Khaled Hussein Ali, flagrando-o modulando mensagens para outros países. Khaled Hussein Ali passou 21 dias preso e foi indiciado apenas pelo crime de racismo. Inacreditavelmente, o Brasil não tem uma legislação para punir o terrorismo.

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