quarta-feira, 1 de julho de 2009

Recuo vergonhoso do PT dá sustentação a José Sarney ficar no cargo

Aliados do presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), sustentaram na noite desta quarta-feira que o vergonhoso recuo do PT garante uma sobrevida para o peemedebista permanecer no cargo. Durante o dia, José Sarney havia dito a chefetes do PMDB que se licenciar temporariamente, como havia sido aconselhado por chefetes petistas mais cedo, após reunião do partido, seria "humilhante" e que ele não pensa em renúncia. "O presidente tem recebido a solidariedade que merece o PMDB está firme com ele. Esse afastamento temporário, ele jamais aceitaria porque considera humilhante. Não se cogita renúncia", disse o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão. Os interlocutores afirmam que o encontro entre o presidente Lula e Sarney só deve ocorrer nesta quinta-feira porque não há mais "urgência". Para o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), negociações sobre o futuro político de Sarney fazem parte da disputa eleitoral de 2010. Segundo Renan Calheiros, o cenário no Senado Federal é favorável à permanência de Sarney no cargo. O líder disse que o fato do DEM, principal fiador da campanha de Sarney à presidência da Casa, ter defendido o afastamento do peemedebista não enfraquece porque as bancadas não estão fechadas em relação a idéia. Conforme senadores petistas que participaram da reunião com Sarney no início da tarde, na sua casa, ele não aceita a idéia de um afastamento temporário do cargo. Pela manhã, um grupo de senadores do PT esteve com Sarney em sua casa para comunicar o posicionamento dos senadores do partido, discutido no final da noite de terça-feira. No encontro, eles sugeriram que o peemedebista se licenciasse do cargo por 30 dias, até que uma comissão suprapartidária concluísse uma investigação sobre as irregularidades no Senado.

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