Reservas internacionais batem recorde e chegam a US$ 209,576 bilhões

As reservas internacionais do Brasil atingiram o nível recorde de US$ 209,576 bilhões, segundo dados do Banco Central divulgados na sexta-feira. Esse é o maior valor desde o dia 6 de outubro do ano passado, quando as reservas estavam em US$ 209,386 bilhões. Desde então, as reservas chegaram a cair para um patamar abaixo de US$ 200 bilhões, devido, entre outros motivos, à venda de moeda estrangeira feita pelo Banco Central no ano passado para evitar uma disparada na cotação da moeda, devido à crise econômica. Em maio, o Banco Central voltou a comprar dólares com o objetivo de reforçar as reservas. Durante a crise, o Banco Central chegou a vender US$ 14,5 bilhões, mas já recomprou mais de US$ 4 bilhões neste ano. Graças aos dólares das reservas, o Brasil é hoje um país credor em moeda estrangeira, ou seja, possui dólares mais que suficientes para pagar as suas dívidas em moeda estrangeira. Hoje, essa "folga" é de quase US$ 30 bilhões. O Ministério da Fazenda já defende que as reservas cheguem a US$ 300 bilhões. Além das compras de dólares, outro fator que influencia o nível as reservas são as aplicações feitas com esse dinheiro. Apesar de serem contabilizadas em dólares pelo Banco Central, as reservas do Brasil estão aplicadas também em outros tipos de ativos. Dados de junho, quando as reservas estavam em US$ 201 bilhões, mostram que US$ 189 bilhões estavam aplicados em títulos de governos estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos. Outra parte está depositada em bancos comerciais, no FMI (Fundo Monetário Internacional) e em outros bancos centrais.