quinta-feira, 30 de julho de 2009

Senadores protocolam duas novas denúncias contra Sarney

Os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF) protocolaram nesta quarta-feira na Secretaria Geral do Senado duas novas denúncias contra o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP). Nas denúncias, Cristovam e Virgílio cobram investigações sobre a acusação de que Sarney estaria envolvido em vendas de terras sem o pagamento de impostos, assim como teria recebido informações privilegiadas da Polícia Federal em inquérito que investigou seu filho, Fernando Sarney. Segundo reportagem da Folha, Sarney teria vendido terras na divisa de Goiás com o Distrito Federal que nunca foram registradas em seu nome, artifício que o livrou do pagamento de impostos. O senador, de acordo com a reportagem, comprou a fazenda São José do Pericumã no início dos anos 1980 e a vendeu em setembro de 2002. Mas, levantamento feito pela Folha em cartórios da região mostra que o senador nunca foi o proprietário, no papel, de 318 dos 540,2 hectares negociados por ele por R$ 3 milhões. Os senadores argumentam que Sarney cometeu crime contra a ordem tributária ao não declarar o imóvel. Na segunda denúncia, os dois senadores argumentam que Sarney quebrou sigilo funcional ao ter acesso a informações privilegiadas da Polícia Federal. Reportagem do jornal Correio Braziliense afirma que o agente federal Aluísio Guimarães Filho foi cedido pelo Palácio do Planalto a Sarney na cota de funcionários de ex-presidentes da República. O agente teria passado informações privilegiadas sobre o grupo do empresário Fernando Sarney, investigado por suspeitas de atuar como operador da família em negociações políticas e econômicas. "Esse agente da Polícia Federal, pessoa de inteira confiança da família Sarney, ocupa hoje o cargo de chefe de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do governo de Roseana Sarney (PMDB), no Maranhão, que reforça os indícios agora descobertos pela cúpula da Polícia Federal", diz o texto da denúncia.

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