terça-feira, 21 de julho de 2009

Tribunal internacional condena sérvios que queimaram muçulmanos vivos

O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) condenou nesta segunda-feira o ex-paramilitar sérvio-bósnio Milan Lukic à prisão perpétua, e seu primo, Sredoje Lukic, a 30 anos de detenção, por terem queimado vivos ao menos 119 muçulmanos no leste da Bósnia, durante a guerra ocorrida entre 1992 e 1995. Eles foram condenados por crimes de guerra e lesa-humanidade. Segundo a Promotoria, Milan era o líder dos chamados "Águias Brancas", um grupo de paramilitares locais da cidade de Visegrad que agia em conjunto com a polícia local e unidades militares. Os juízes consideraram os crimes de Milan de "extraordinária brutalidade" e concluíram que as acusações apresentadas foram "provadas sem sombras de dúvida". Ambos os sérvio-bósnios foram condenados por terem participado pessoalmente do assassinato de ao menos 119 bósnios em dois incidentes separados em junho de 1992. O juiz Patrick Robinson afirmou que as mortes "exemplificam os piores atos contra a humanidade que uma pessoa pode infligir a outras". Eles também agrediram prisioneiros muçulmanos detidos no campo de detenção de Uzamnica, em Visegrad. O juiz disse que Milan Lukic foi o líder em ambos os incidentes, ajudando a levar as vítimas para dentro das casas, incendiando-as e atirando naqueles que tentavam sair das chamas. Testemunhas "relembraram vividamente os terríveis gritos das pessoas nas casas", disse Robinson.

Nenhum comentário: