quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Bancos privados lideram leilão da folha do INSS

Os bancos privados dominaram o primeiro dia do leilão da folha de pagamentos de novos benefícios do INSS, arrematando 15 dos 18 lotes licitados. O mineiro Banco Mercantil do Brasil e o Bradesco foram os maiores vencedores nesta quarta-feira. Ainda restam oito lotes que serão leiloados nesta quinta-feira. Em disputa está o direito de intermediar o pagamento de cerca de 377 mil novos benefícios concedidos mensalmente pelo INSS. Um representante de um dos bancos públicos disse que o apetite das instituições privadas surpreendeu na primeira etapa do leilão. A esperança dos bancos é oferecer serviços, como crédito, especialmente o consignado, seguros e investimentos a aposentados e pensionistas. O Bradesco levou cinco lotes, incluindo o da cidade de São Paulo, considerado por especialistas um dos mais interessantes, ao se dispor a pagar R$ 2,06 ao governo por cada novo benefício que intermediar na capital paulista. O Banco Mercantil do Brasil fez o melhor lance por outros cinco lotes e ficou com Minas Gerais, além de todo o Estado de São Paulo, exceto a capital. O Itaú Unibanco apresentou a melhor proposta por três lotes, que englobam interior do Rio de Janeiro, os Estados de Goiás e Paraná e o Distrito Federal. No caso paranaense, o Itaú Unibanco vai pagar ao governo R$ 2,70 por cada benefício que repassar a aposentados e pensionistas. Trata-se do maior valor que o governo vai receber. O Santander, por sua vez, terá o direito de intermediar o pagamento aos novos pensionistas na cidade do Rio de Janeiro e em Salvador e proximidades. Entre os bancos públicos, o gaúcho Banrisul levou a melhor nos dois lotes que envolvem o Rio Grande do Sul. E a Caixa Econômica Federal ficou com o lote de Santa Catarina. Até 2007, a Previdência pagava para que os bancos intermediassem o pagamento dos benefícios do INSS, com desembolso anual de cerca de R$ 250 milhões. Ao se dar conta de que se trata de uma base de dados valiosa, já que os pensionistas são clientes potenciais das instituições financeiras, o governo federal resolveu virar o jogo e cobrar dos bancos para que prestem o serviço.

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