quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Brasil é o País que mais se desfaz de títulos dos Estados Unidos

A China ameaçou, a Rússia também disse que ia fazer o mesmo, mas nenhum dos principais credores dos Estados Unidos reduziu os investimentos nos títulos norte-americanos como o Brasil. Desde o fim de agosto (duas semanas antes da quebra do Lehman Brothers) até 30 de maio, o Brasil diminuiu em 17% suas aplicações nos papéis emitidos pelo governo norte-americano. Para os Estados Unidos, a queda no investimento brasileiro, de US$ 25,5 bilhões, não chega a ser representativa (algo como 0,2% do seu PIB de 2008), mas tem um aspecto simbólico: um dos seus maiores credores está diminuindo suas apostas nos títulos em um momento em que a confiança é fundamental. No início da crise, houve forte procura pelos títulos norte-americanos, que tiveram seu preço elevado e os juros reduzidos. Nos último meses, porém, as taxas subiram, e houve queda no preço dos papéis por conta da diminuição da aversão ao risco e da piora das contas dos Estados Unidos. Nenhum dos 15 maiores credores dos Estados Unidos fez o mesmo movimento brasileiro. A China, por exemplo, aumentou em 40% suas aplicações entre agosto de 2008 e maio deste ano, para US$ 801,5 bilhões, e continua a ser o maior credor externo dos Estados Unidos. No caso russo, o crescimento foi de 19,5%.

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