domingo, 23 de agosto de 2009

Livro revela horrores sobre bordéis em campos de concentração na Alemanha nazista

Um livro revela agora um fato singular, o de que os nazistas mantinham bordéis em campos de concentração. Um pesquisador alemão reuniu informações sobre o assunto e publicou um livro a respeito. “Das KZ Bordell” (“O bordel do campo de concentração”) é apresentado como o primeiro relato detalhado acerca de um capítulo pouco conhecido da história do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. O volume de 460 páginas, de autoria de Robert Sommer, é resultado de uma pesquisa minuciosa sobre todos os 10 ex-campos de concentração onde os nazistas mantiveram bordéis entre os anos de 1942 e 1945. O livro é baseado em numerosas entrevistas com pequenos grupos de sobreviventes. De acordo com Sommer, os oficiais da SS eram convencidos de que os trabalhadores forçados se empenhariam mais se lhes fosse prometida a possibilidade de fazer sexo. "As mulheres que eram recrutadas para esses bordéis vinham em sua maioria dos campos de concentração de Ravensbrück e Auschwitz", diz Sommer. Segundo o pesquisador, aproximadamente 70% destas mulheres eram alemãs. As demais vinham da Ucrânia, Polônia e Belarus. Depois de um ano no campo austríaco de Mauthausen, em 1942, a SS abriu mais 10 bordéis, sendo o maior deles em Auschwitz (hoje Oswiecim, na Polônia), onde trabalhavam cerca de 21 prisioneiras. O último bordel foi aberto no início de 1945, ano em que a guerra chegou ao fim. Sommer estima em 200 o total de prisioneiras forçadas a trabalhar em bordéis, inicialmente atraídas pela perspectiva de escaparem das brutalidades dos campos de concentração. A promessa de liberdade, no entanto, nunca era cumprida, revela Sommer. "A grande maioria destas prisioneiras forçadas a se prostituírem nos campos de concentração eram mulheres rotuladas pelos nazistas de “socialmente indesejáveis” ou “antissociais”. Mas não havia nenhuma judia entre elas e nenhum judeu era admitido entre os frequentadores destes bordéis", explica o pesquisador. Os prisioneiros de guerra soviéticos também não tinham permissão para entrar nesses bordéis. Dezenas de milhares de soldados capturados, prisioneiros políticos e pessoas consideradas indesejáveis pelos nazistas eram mantidos nos campos de concentração ao lado dos milhões de judeus que morreram no Holocausto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que coisa triste! Uma coisa errada levando a outra coisa errada... Mas Deus é bom. A guerra acabou. Que possamos aprender com os erros da história. Sigamos em frente! Arno Edgar Kaplan