sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ministério Público Federal pede para suprimir gravações da ação que moveu contra Yeda Crusius

Os procuradores do Ministério Público Federal que ajuizaram a ação de improbidade administrativa contra a governadora Yeda Crusius e outras oito pessoas (deputados estaduais Luiz Fernando Zachia, do PMDB, e Frederico Antunes, do PP; deputado federal José Otávio Germano, do PP; o presidente do Tribunal de Contas, João Luiz Vargas, e mais quatro), tiveram uma iniciativa desconcertante na última quarta-feira. Eles entraram com um pedido na 3ª Vara Federal Criminal, em Santa Maria, junto à juiz federal Simone Barbisan Fortes, solicitando que ela suprima trechos inteiros de diálogos degravados e transcritos no processo. É um caso inédito na Justiça, quando uma ação é distribuída e os acusadores (o ministério público) logo em seguida pedem a supressão de supostas provas apresentadas por eles próprios. O processo nem começou a andar, porque a juíza ainda não notificou os denunciados para que apresentem suas defesas prévias. Somente após a apresentação destas peças é que ele decidirá se instaura processo contra cada um dos denunciados. A iniciativa é ainda mais inacreditável porque cópias da denúncia inicial já foi entregue para cada um dos advogados das partes denunciadas. Como a íntegra da ação já é conhecida, porque foi divulgada pelo jornalista Políbio Braga, cabe agora à Justiça Federal tornar públicas quais degravações o Ministério Público Federal pediu para serem suprimidas do processo.

Um comentário:

Martins disse...

Que país é esse?
Ah bom, this is Brazil!
É vale tudo ou politicagem?
Tem gente que realmente não tem noção do ridículo. Já ouvi muito se dizer que o Brasil não é um país sério e cada vez mais me convenço disto. A manipulação e a pressão existem e funcionam mesmo.