terça-feira, 25 de agosto de 2009

Palocci vai ser inocentado na quinta-feira

Na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal deve decidir se o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, será ou não réu na ação penal que o acusa de quebra do sigilo (estupro da conta) bancário do caseiro Francenildo Costa. O relator é o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo. A expectativa é de que Gilmar Mendes e a maioria do tribunal devem poupar Palocci. Mas, os petralhas não vão dizer, naturalmente, que se tratou de uma decisão política. Para essa gente, má decisão do tribunal é aquela contra os amigos, e as boas, aquelas a favor. Francenildo é aquele que acusava Palocci de freqüentar a tal “Casa do Lobby” em Brasília, a mansão alugada pela turma da República de Ribeirão Preto para suas festas de embalo, supridas com meninas do elenco da cafetina Mary Jeanny Corner. O sigilo bancário do caseiro, que tinha conta na Caixa Econômica Federal, foi “estuprado” (outro acusado no processo é o trotskista gaúcho Jorge Matoso, que presidia a Caixa Econômica Federal) e a turma de aloprados petistas descobriu que ele tinha uma movimentação de dinheiro considerada atípica: R$ 30 mil reais. O extrato bancário chegou à imprensa, e se especulou, também naquele caso, que Francenildo pudesse estar a serviço das oposições. Assim como Lina Vieira estaria hoje. O repertório de sacanagens é sempre renovado. O dinheiro havia sido dado ao caseiro por seu pai biológico. Quem pediu os dados de Francenildo? O então presidente da CEF, o trotskista gaúcho Jorge Mattoso, que o entregou a Palocci, que nega ter passado os dados para a imprensa, o que também é negado pelo seu então assessor de imprensa, Marcelo Netto, outro petista, pai de jovem jornalista que trabalhava na sucursal de Brasília da revista Época. Foi esta revista que primeiro publicou a informação em seu site. Palocci vai se livrar de condenação porque alega que não há provas suficientes de sua participação no episódio: recebeu os dados, mas não os teria pedido; de posse deles, não os teria passado para a imprensa. É a velha história de sempre, há o crime (o estupro da conta bancária do caseiro), existe a vítima (Francenildo), sabe-se a quem interessava o crime, mas não aparece o criminoso. Investigações policiais no Brasil nunca conseguem chegar a provar responsabilidade criminosa de poderosos. Autoridades bancárias, e Mattoso era uma, podem ter acesso a dados de clientes caso notem movimentação suspeita, desde que não divulguem a informação. O gerente de seu banco acessa a sua conta quando quiser. Se você pede um extrato na agência, até o caixa faz isso. Mas, entre os milhões de Francenildos que são clientes da Caixa Econômica Federal, por que escolheram justo aquele? Em suma, viva o inocente Palocci. E aí, de brinde, o PT vai tentar fazê-lo governador de São Paulo.

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