domingo, 9 de agosto de 2009

Polícia Federal termina investigação dos “sanguessugas”

Três anos e três meses após a descoberta da "máfia das ambulâncias", a Polícia Federal de Mato Grosso está terminando uma das mais amplas investigações já realizadas no País. Dos 136 inquéritos abertos pela superintendência da Polícia Federal no Estado, 128 já foram concluídos. Ao todo, 458 pessoas estão indiciadas, entre elas 33 ex-parlamentares e 71 ex-prefeitos. O escândalo das ambulâncias veio à tona no dia 4 de maio de 2006, quando a Polícia Federal desencadeou a Operação Sanguessuga, que inicialmente levou à prisão 48 pessoas, entre assessores parlamentares e empresários. O esquema era comandado pelos empresários Luiz Antônio Vedoin e Darci Vedoin, proprietários da empresa Planam. As investigações concluíram que, entre os anos de 2001 e 2006, o grupo vendeu mais de mil ambulâncias para prefeituras e entidades filantrópicas por meio de emendas parlamentares, totalizando R$ 110 milhões de movimentação. As licitações eram fraudadas e os veículos superfaturados. A Controladoria Geral da União calculou em R$ 15,5 milhões o montante que foi parar nos bolsos da quadrilha. A máfia das ambulâncias motivou a abertura da CPI dos Sanguessugas, que chegou a recomendar a abertura de processo de cassação contra 69 deputados federais e três senadores. Dois deputados renunciaram ao mandato, mas a maioria ficou impune na esfera política. Os empresários sanguessugas ainda se associaram a petistas para a produção de um dossiê fajuto com o objetivo de atacar os candidatos Geraldo Alckmin e José Serra e influir nas eleições presidencial e ao governo de São Paulo. Estavam envolvidos altos personagens da nomenklatura petista, desde o segurança de Lula, e funcionário do Palácio do Planalto, até diretor do Banco do Brasil e um assessor graduado do senador petista Aloizio Mercadante. Mas, sobre esta investigação da compra do dossiê, derivada a Operação Sanguessuga, a Polícia Federal, KGB petista, chefiada pelo comissário Tarso Genro, não dá nenhuma resposta.

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