terça-feira, 18 de agosto de 2009

Profissão Repórter da TV Globo no Presídio Central de Porto Alegre, peremptório

O programa Profissão Repórter, da TV Globo, conduzido pelo jornalista gaúcho Caco Barcelos, veiculado na noite desta terça-feira (dia 18 de agosto de 2009) foi todo dedicado ao que ele chamou de pior presídio de todo o País, o Presídio Central de Porto Alegre, que serviu de "gancho" para o programa. O editor de Videversus, jornalista Vitor Vieira, conhece bem o Presídio Central. Quando foi chefe da assessoria de comunicação social do secretário da Justiça, Geraldo Nogueira da Gama, no governo Alceu Collares (PDT), recomendou que fosse feita a primeira faxina no presídio, porque, para se almoçar, era preciso pedir licença às moscas varejeiras, entre outras coisas. Também foi estabelecida eleição entre os presos para que eles escolhessem os seus representantes que dialogariam diretamente com o governo. O secretário Geraldo Nogueira da Gama acolheu integralmente as sugestões. Em sua gestão, não houve um só tumulto em prisões gaúchas. O Presídio Central é aquele tipo de penitenciária na qual se convive com horrores de todo tipo. Mas, nessa casa, não são recolhidas menores juntos a homens adultos, como no Pará governado pela petista Ana Julia Carepa. E Caco Barcelos não foi ao Pará para fazer um programa seu, para mostrar esse horror. Não há como não pensar que esse programa faz parte de uma ofensiva eleitoral para derrotar e derrubar a governadora Yeda Crusius. A casa de horrores do Presídio Central nunca mereceu antes uma atenção especial da Rede Globo. Agora, em todos os próximos dia 18 de agosto, em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, Videversus espera poder cobrar a presença de Caco Barcelos para atestar as mudanças no Presídio Central de Porto Alegre, no provável governo que ele deseja, o do peremptório Tarso Genro, atual ministro da Justiça, o homem que deveria cuidar dos presídios. Aliás, o peremptório, até hoje, não colocou nenhum presídio federal no Rio Grande do Sul. E o governo gaúcho precisa arcar com os presos que são condenados pela Justiça Federal. O programa serviu para fazer a propaganda do peremptório Tarso Genro. Caco Barcelos perdeu a credibilidade. Em tempo: em 1999, o editor de Videversus, jornalista Vitor Vieira, recebeu as primeiras denúncias sobre o Clube da Cidadania, que reunia a alta cúpula do PT gaúcho, capitaneada por Diógenes de Oliveira. Após uma série de investigações, sem condições de levar adiante os levantamentos, e sem ter onde publicar o resultado de suas investigações, o jornalista Vitor Vieira procurou o repórter Caco Barcelos. Afinal, conhecida Caco Barcelos desde a década de 70, quando este foi demitido da antiga Folha da Manhã, de Porto Alegre, junto com toda a redação. Caco Barcelos e sua companheira, fotógrafa Avani Stein, ficaram hospedados no apartamento de Vitor Vieira quando chegaram a São Paulo. O jornalista Vitor Vieira trabalhava então na redação de O Estado de S. Paulo. A conversa com Caco Barcelos sobre o Clube da Cidadania aconteceu no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Caco Barcelos não deu muita importância para o relato sobre a corrupção petista. Disse que uma produtora sua na Rede Globo iria ligar para pegar detalhes. Efetivamente, muitas semanas depois, uma produtora ligou. Mas ficou por isso mesmo. A RBS, afiliada da Rede Globo, que também recebeu um cópia de todo o material, entregue pelo jornalista Vitor Vieira, em reunião na qual esteve presente o então diretor de jornalismo da RBS TV, Raul Costa Jr, também não quis publicar o material sobre a corrupção petista. E assim se mantiveram, RBS e Rede Globo, absolutamente quietas sobre a corrupção em governo petista, a corrupção de petistas, até que explodiu na Assembléia Legislativa a CPI da Corrupção, aquela na qual o personagem Diógenes Oliveira, ao final de um logo depoimento, confrontado com uma fita gravada pelo ex-chefe de Polícia, na qual ele exigia que as arrecadações junto à jogatina fossem encaminhadas para a o PT, e para ele, Diógenes, dizendo-se representante de Olívio Dutra (governador petista), escafedeu-se miseravelmente da Assembleía Legislativa e da inquirição da CPI da Corrupção, simulando um distúrbio coronário. Mais uma vez: Rede Globo e RBS nada deram, embora tudo soubessem sobre a corrupção dos petistas e do governo do PT. Os personagens estão todos vivos. Tentem negar.

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