quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Romero Jucá admite que há registros da entrada de Lina Vieira no Palácio em outubro de 2008

O líder do governo no Senado Federal, senador Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou na quinta-feira que a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, esteve no Palácio do Planalto no final do ano passado. Ao discursar no plenário em defesa do Gabinete de Segurança Institucional, Romero Jucá mostrou documentos que comprovam o registro de quatro entradas da ex-secretária no Palácio do Planalto: uma em outubro do ano passado e outras três entre janeiro e maio de 2009. Lina Vieira assegura que que esteve no Palácio no final de 2008 para um encontro secreto (fora de agenda) com a ministra Dilma Rousseff, em seu gabinete. A ex-secretária não soube precisar a data em que ingressou no local. Lina disse apenas que a reunião teria ocorrido "no final de 2008". No encontro, Dilma pediu pressa nas investigações sobre empresas da família Sarney (ou seja, fechamento rápido das investigações). O senador afirmou que Lina não revelou aos senadores, durante depoimento à Comissão de Constituição e Justiça na semana passada, o mês em que esteve no Palácio do Planalto. Mas, considerou um "exagero" ela considerar o mês de outubro como "final do ano". Quem sabe está mais para o começo do ano, não é mesmo Jucá?!!! Romero Jucá não revelou, porém, o local para o qual Lina se destinou ao chegar no Palácio do Planalto, nem se a ex-secretária efetivamente foi à Casa Civil. O senador subiu à tribuna para defender versão apresentada pelo Gabinete de Segurança Institucional sobre o período de armazenamento das imagens captadas pelo circuito interno de TV do Planalto. Segundo Jucá, as câmeras do circuito interno de TV do Palácio do Planalto têm capacidade de armazenar as imagens captadas no local por apenas 30 dias. A oposição pediu para ter acesso às imagens com o objetivo de comprovar que Lina esteve no Planalto no final do ano passado. O líder desmentiu a versão de que as imagens ficariam disponíveis por até seis meses nos arquivos do Palácio do Planalto. "Ao completar os oito giga da capacidade de gravação das câmeras, elas passam a gravar automaticamente em cima da imagem anterior. Se contrapôs o prazo de seis meses da guarda do registro de dados com o prazo para a guarda de imagem. Não foi. A guarda de imagens na exigência do edital foi de 30 dias", afirmou ele.

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