segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Só 1% das universidades brasileiras obtém conceito máximo de qualidade no MEC

Apenas 21 entre as 2.000 instituições de ensino superior avaliadas em 2008 pelo Ministério da Educação obtiveram nota máxima no Índice Geral de Cursos. O indicador, que foi divulgado pela primeira vez no ano passado, atribui notas às faculdades e universidades levando em consideração a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação. De acordo com a pontuação, as instituições são classificadas em faixas que vão de 1 a 5. Entre as universidades com a maior avaliação, 11 são públicas e dez privadas. A nota mais alta ficou com a Ebape (Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas), do Rio de Janeiro, que é particular. O ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), que é federal, ficou com o segundo lugar, seguido pela Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), estadual paulista. Em último lugar no ranking está a Fama (Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Maceió), que é privada. O IGC foi criado para subsidiar o trabalho das comissões que fazem as avaliações in loco nas instituições. Se a visita confirmar as condições inadequadas da oferta de ensino nas instituições que obtiveram IGC 1 e 2, elas podem sofrer sanções que incluem o descredenciamento. Dependendo da gravidade da situação, ela pode ter o número de vagas reduzidos nos cursos deficientes, a suspensão temporária ou definitiva do processo seletivo e, em último caso, o descredenciamento da instituição. Do total das instituições avaliadas, 884 (44%) obtiveram IGC 3, considerado razoável. Dezoito instituições ficaram com IGC 1 e 570 com IGC 2, considerados ruins, o que representa quase 30% do universo de entidades avaliadas. Mais de 300 instituições ficaram sem conceito porque não houve participação mínima dos alunos de alguns cursos no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). A nota da prova é um dos fatores que compõem o CPC (Conceito Preliminar de Curso), utilizado para o cálculo do IGC. Esse é o melancólico quadro da educação superior ao final de dois anos de governo do PT e do presidente Lula.

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