domingo, 13 de setembro de 2009

Ditadura cubana chora morte do vice-presidente gerontocrata Juan Almeida Bosque

A ditadura cubana fez uma homenagem no sábado ao vice-presidente, o gerontocrata Juan Almeida Bosque, que morreu na noite de sexta-feira, aos 82 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Em cerimônia, o presidente da Assembléia Nacional, Ricardo Alarcón, pediu um minuto de silêncio e proclamou uma das frases mais famosas de Almeida, que se transformou em slogan da Revolução Cubana: "Aqui ninguém desiste!". Esta frase foi dita por Almeida ao companheiro de revolução Ernesto Che Guevara, quando eles, junto aos irmãos Fidel e Raúl Castro, retornaram ao país em dezembro de 1956. Eles estavam entre os 16 que sobreviveram aos tiros das tropas do governo. Alarcón disse que Almeida foi "um dos principais artífices da Revolução Cubana" e esteve com o ditador gerontocrata Fidel ao longo de todo o movimento. O ministro da Cultura cubano, Abel Prieto, afirmou que o comandante foi "uma das grandes figuras da Revolução". O vice-presidente será enterrado com honras militares no Mausoléu da 3ª Frente Oriental Mario Muñoz Monroy, da qual foi fundador e seu único chefe. Um dos únicos três dirigentes a ostentar o título de Comandante da Revolução, junto com Ramiro Valdés e Guillermo García, Almeida era vice-presidente do Conselho de Estado, membro do poderoso birô político e do Comitê Central do PCC, além de deputado. Nascido em 17 de fevereiro de 1927, Juan Almeida acompanhou fielmente os irmãos ditadores Fidel e Raúl Castro durante mais de meio século de ditadura. Almeida teve nove filhos de três casamentos. Sua primogênita, Beatriz, vive nos Estados Unidos desde 2005, e um dos rapazes, Juan Juan Almeida García, foi detido em maio passado quando tentava imigrar clandestinamente para Miami para se reunir com sua mulher.

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