sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Eletrobrás pode mudar estratégia para estimular competição na construção da usina em Belo Monte

A Eletrobrás deverá contrariar a diretriz de não se colocar empresas do grupo disputando os mesmos negócios para garantir a competitividade do leilão da usina de Belo Monte, que será construída no rio Xingu (PA). O presidente da estatal, José Antônio Muniz Lopes esclareceu que a contrariedade de linhas básicas da Eletrobrás reside na disputa de diferentes subsidiárias do grupo em consórcios diferentes no leilão. Essa estratégia foi adotada no leilão das usinas do rio Madeira, mas a idéia para os futuros leilões é que apenas uma empresa do grupo entre em uma competição. “Temos buscado harmonizar o sistema. Mas nesse caso específico, se for preciso, teremos uma, duas, três, quatro, quantas empresas o governo achar que serão necessárias para compor consórcios diferentes”, salientou ele. O leilão para a construção de Belo Monte deverá ocorrer em novembro, e ainda depende de licenciamento prévio ambiental para ser realizado. Os trâmites finais para a obtenção da licença já foram iniciados, com a realização, de ontem até terça-feira, de quatro audiências públicas no Pará. Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do País, com potência de 11.181 MW (megawatts), atrás apenas de Itaipu. Muniz disse ainda ter esperança de que a Eletrobrás seja retirada do superávit primário, apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter declarado que, no curto prazo, não há possibilidade que isso aconteça. O executivo argumentou que vai negociar o fim da contribuição a partir do superávit de 2010.

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