domingo, 20 de setembro de 2009

Henrique Meirelles diz não ver mudança em política monetária caso deixe o Banco Central

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não vê riscos de mudança de rumo na política monetária caso decida deixar a instituição antes do fim de 2010, quando termina o atual governo. Mas, pondera que não pode dar garantias sobre isso e que ainda avalia os custos de uma candidatura. "Eu posso garantir o que eu faço, eu não posso garantir o que aconteceria em outras circunstâncias", disse ele na sexta-feira. Ele foi eleito deputado do Estado de Goiás pelo PSDB, em 2002, mas renunciou ao mandato para assumir a presidência do Banco Central a convite do presidente Lula. Meirelles afirmou que passaria o fim de semana em conversas para definir a conveniência, ou não, de uma filiação partidária. Para o presidente do Banco Central, o debate no País provocado por sua eventual filiação a um partido político não chegou aos investidores internacionais, que consideram o assunto "uma questão irrelevante". Meirelles avaliou que ainda há um "componente de euforia" no mercado brasileiro, mesmo após dados do segundo trimestre terem mostrado que a economia superou a recessão. Meirelles também avaliou que o próximo governo terá como principais desafios impulsionar investimentos em infraestrutura e em educação, e também enfrentar questões como a ineficiência fiscal e a burocracia: "Um dos gargalos mais sérios e objetivos que o Brasil pode enfrentar nos próximos anos é mão-de-obra treinada, em todos os níveis”.

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