sábado, 12 de setembro de 2009

José Dirceu nega que tenha arrolado Lula como testemunha do mensalão

O ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu (deputado federal petista cassado por corrupção) Casa Civil) divulgou nota nesta sexta-feira na qual nega que tenha arrolado o presidente Lula como sua testemunha no processo penal do Mensalão, no qual é réu, e que tramita no Supremo Tribunal Federal. José Dirceu informa que Lula foi arrolado como testemunha dos ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e José Janene (PP-PR), também réus no processo. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na quarta-feira informou que o ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal do Mensalão, havia enviado ofício ao presidente Lula informando que ele foi arrolado como testemunha de defesa de Jefferson e Janene. O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende o ex-ministro, disse que nunca arrolou nem cogitou arrolar o presidente Lula como testemunha de José Dirceu. A imprensa inteira do Brasil caiu em uma esparrela porque os jornalistas foram primários. Todos eles foram consultar o site do Supremo Tribunal Federal, e lá está o processo, designado como “José Dirceu e outros”. Então concluíram que Lula ia depor como testemunha de defesa de José Dirceu. Nada disso, ele está convocado para depor em favor do ex-deputado federal Roberto Jefferson pelo seu defensor, o advogado gaúcho Luiz Francisco Correa Barbosa (na foto), juiz de Direito aposentado. E o objetivo do advogado Luiz Francisco Correa Barbosa é ter Lula como réu no processo do Mensalão. Aliás, há embargos declaratórios apresentados por Barbosa na Ação Penal do Mensalão que o ministro relator, Joaquim Barbosa, insiste em não examinar e não levar a julgamento no Plenário do Supremo Tribunal Federal. O ministro está criando um grande problema, porque pode estar ditando a nulidade do processo, o que seria o maior escândalo da história da República brasileira. O grande problema de Lula será justificar por que não mandou investigar as denúncias sobre o Mensalão que lhe foram apresentadas pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson. E isso já está comprovado, pelos depoimentos dos ex-ministros Marcio Thomas Bastos, da Justiça, e Aldo Rebelo, das Relações Institucionais, apesar das dificuldades criadas pelo juiz que conduzia o interrogatório dos mesmos em São Paulo.

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