terça-feira, 22 de setembro de 2009

Julgamento de Hildebrando por crime da motosserra deve durar de três a quatro dias

O julgamento de Hildebrando Pascoal, coronel da Polícia Militar e deputado federal cassado, acusado de matar um homem após sessão de tortura, deve durar de três a quatro dias, segundo previsão do Tribunal de Justiça do Acre. Hildebrando Pascoal vai a júri popular pelo ato que ficou conhecido por crime da motosserra. Segundo o Ministério Público, a vítima teve os "olhos perfurados, seus braços, pernas e pênis amputados com a utilização de uma motosserra, além de ter um prego cravado em sua testa". Agílson Santos, conhecido como Baiano, foi morto em julho de 1996. O que sobrou de seu corpo foi jogado em uma hoje movimentada avenida de Rio Branco. O filho de Baiano, de 13 anos, também foi morto. Hildebrando Pascoal tem uma lista de crimes e condenações tão extensa quanto o número de vítimas executadas pelo esquadrão da morte que liderou. Mesmo preso, já condenado a mais de 80 anos de prisão por dois homicídios, tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha e crimes eleitorais (trocava cocaína por votos) e financeiros, ele ainda assusta os moradores do Estado. Quatro testemunhas do crime da motosserra foram assassinadas. Hildebrando Pascoal foi condenado por duas dessas mortes. Três dos 25 pré-selecionados para o Tribunal do Júri pediram para não participar do julgamento, temendo represálias. Sanderson Moura, advogado do deputado cassado, diz que não há provas da participação de Hildebrando Pascoal no crime da motosserra.

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