domingo, 20 de setembro de 2009

Júri popular vai julgar pistoleiro contratado por petistas para matar adversários em Estância Velha



No próximo dia 1º de outubro irá a júri popular, em Estância Velha (RS), o pistoleiro Alexandro Ribeiro (na foto, acima), que tentou matar o colunista Mauri Martinelli (na foto, abaixo), na noite do dia 17 de agosto de 2006, quando ele chegava em casa. O pistoleiro usava uma pistola austríaca Glock calibre 380, com pente de 15 balas. Ele deu uma coronhada na nuca do colunista e disse: Agora tu vais aprender quem manda em Estância Velha”. Recuou e começou a atirar, esvaziando o pente. Das 15 balas, sete acertaram o corpo de Martinelli, que escapou milagrosamente. Martinelli denunciava, em sua coluna de jornal, a corrupção da administração petista na prefeitura de Estância Velha. O pistoleiro Alexandre Ribeiro só foi preso devido às investigações do próprio Martinelli e do então vereador João Godoy (o Duduzinho, que deveria ser o segundo assassinado pelo pistoleiro Alexandre Ribeiro, conforme o acordo da contratação do serviço). Foram os dois que mostraram ao delegado de polícia civil a intenção política do crime, porque este delegado, Luiz Fernando Nunes da Silva, membro da loja maçônica local, queria atribuir caráter de crime passional ao atentado político. Na loja maçônica, o delegado era “fraterno irmão” do juiz de Direito local, Nilton Luis Elsenbruch Filomena, e do então prefeito petista, Elivir Desian (vulgo “Toco”). Este prefeito empregou a mulher do seu “fraterno irmão” Filomena, durante oito anos, como CC da prefeitura. Desde o início foi denunciado que a tentativa de assassinato ocorrera por encomenda política, e que um dos autores era o secretário de Planejamento da prefeitura de Estância Velha, Jaime Schneider, dono do jornal Suplemento. Neste jornal ele mantinha como proprietário “laranja” Jauri de Mattos Fernandes. Este “laranja” foi o fiador para o aluguel da casa onde ficou morando o pistoleiro Alexandre Ribeiro. Jaime Schneider, “fraternal amigo” do juiz Nilton Luiz Elsenbruch Filomena e do promotor local, Paulo Eduardo de Almeida Vieira, foi apontado desde o início como chefe da quadrilha que encomendou o crime político, contratou e pagou o pistoleiro Alexandre Ribeiro. Efetivamente, ele foi denunciado como mandante do assassinato, em outro processo, que é comandado pela juíza Célia Cristina Veras Perotto, de Ivoti. Apesar dessas ligações, o juiz e o promotor de Estância Velha não se sentiram comprometidos e resolveram que iriam conduzir o processo do pistoleiro. Videversus apontou que eles não poderiam atuar no processo, e no mesmo dia eles se afastaram do mesmo. Duas testemunhas vitais, Vera Lucia Canzan e sua filha menor de idade, que não tinham sido ouvidas desde o início do inquérito policial sobre o atentado a Mauri Martinelli, apontaram com toda clareza os mandantes do crime, e suas motivações. A reunião para contratação do pistoleiro e entrega a ele da arma usada no atentado ocorreu na casa das duas. Os mandantes são: Jaime Dirceu Antonio Schneider, Jauri de Mattos Fernandes, Claci Campos da Silva e o vereador petista Luis Carlos Soares (vulgo “Viramato”). Na época da famigerada reunião (2006) na casa de Vera Lucia Canzan, o vereador “Viramato” era presidente do PT na cidade. Os três (Jaime Schneider, Jauri de Mattos Fernandes e Viramato foram até a casa de Vera Lucia Canzan, para a famigerada reunião, com um carro funcional da prefeitura de Estância Velha. Claci Campos da Silva morava na casa de Vera Lucia Canzan, onde alugava um quarto. Ela era gerente de um prostíbulo de Estância Velha, de propriedade da amante do pistoleiro Alexandre Ribeiro. Na reunião de contratação dos assassinatos de Mauri Martinelli e João Godoy (o Duduzinho), ele declarou que faria uma terceira vítima, o investigador Omar, porque estaria envolvido com a amante do pistoleiro. A denúncia desta quadrilha foi feita pelo promotor de Portão, Marcelo Tubino, e o processo está também com a juíza de Ivoti. É o processo de nº 095/2.09.0000179-3, ajuizado no dia 6 de março de 2009. No dia 6 de abril de 2009 a juíza Célia Cristina Veras Perotto denunciou os quatro réus por crime qualificado. O jornalista Vitor Vieira, editor de Videversus, é processado pelo juiz Nilton Luiz Elsenbruch Filomena e pelo promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieira porque publicou matéria mostrando o relacionamento íntimo dos dois com o principal mandante dos assassinatos, Jaime Dirceu Antonio Schneider. Eles pediram uma liminar para que o jornalista Vitor Vieira ficasse proibido de falar sobre o assunto e citasse o nome deles. A liminar foi negada pela juíza Célia Cristina Veras Perotto. Então os dois recorreram ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, e a liminar foi concedida, monocraticamente, pelo desembargador Odone Sanguiné. Após a concessão da liminar, o processo foi incinerado no Tribunal de Justiça. O juiz Nilton Luiz Elsenbruch Filomena e o promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieira atuaram no recurso ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul de maneira “maçônica”, ou seja, em segredo. Como assim? Ora, na inicial do processo, declinaram como sendo endereço do jornalista Vitor Vieira a última rua da cidade de Porto Alegre (literalmente, veja no mapa). Assim, o processo ficou secreto para o jornalista, que não pôde se defender contra a liminar que lhe impõe censura, e nem tem como fazer agora, porque o processo foi incinerado por ordem do desembargador Odone Sanguiné. A defesa do jornalista Vitor Vieira nesse processo já foi entregue à juíza Célia Cristina Veras Perotto pelo advogado Luiz Francisco Correa Barbosa, juiz de Direito aposentado. O processo é o de número 095/1.08.0002353-4, da Comarca de Estância Velha. O crime de Estância Velha se constitui na típica Santo André do petismo gaúcho, que já se envolveu de corpo e alma no Mensalão.

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