terça-feira, 22 de setembro de 2009

Justiça paulista condena colombianos por lavagem de dinheiro e confisca aviões

A Justiça Federal de São Paulo condenou à prisão três colombianos por lavagem de dinheiro do narcotráfico e confiscou dois aviões turbo-hélices, que passam a ser patrimônio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do governo do Mato Grosso do Sul. A decisão foi tomada na última quinta-feira pelo juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto De Sanctis. Foram condenados os colombianos Jorge Enrique Rincon Ordoñez (11 anos de reclusão), Javier Hernando Mantilla (nove anos e sete meses) e Willian Encizo Suarez (quatro anos e nove meses) e o brasileiro Carlos José Luna dos Santos (sete anos). Na mesma decisão, o juiz absolveu, por falta de provas, três denunciados pelo Ministério Público Federal. No processo, há cópias de mandado de prisão da Corte Distrital de Miami e pedido de extradição formulado pelos Estados Unidos à Colômbia contra Ordoñez, apontado pela Polícia Federal como o líder do grupo preso no Brasil. Ordoñez, que ficou preso na Colômbia de 1997 a 2005 por estelionato e falsidade documental, passou a atuar no Brasil no início de 2008. Viajou a São Paulo e ao Paraná e conversou com pilotos e donos de aviões e de hangares para criar uma empresa aérea que teria o nome de Presidential Air. Com recursos de uma conta no México, comprou, por US$ 969 mil (R$ 1,75 milhão), um avião turbo-hélice em Curitiba. O avião ficou registrado em nome do brasileiro Luna, que, para isso, recebeu US$ 10 mil. O valor foi subfaturado no recibo da venda (US$ 650 mil). Ordoñez era dono de outro avião, apreendido em Ribeirão Preto (SP) anos atrás por problemas com a Receita Federal. Para a Polícia Federal, esses eram os primeiros passos na formação de uma empresa de fachada para mandar cocaína para Europa e Estados Unidos, por meio de Venezuela, Panamá e Burkina Faso, na África.

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