quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Lula defende na ONU a reforma do FMI e atuação do Estado contra crise

O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira que é "imprescindível" que os países façam uma "refundação da ordem econômica mundial" para tirar a economia global da recessão. Ele defendeu ainda uma reforma no FMI e no Banco Mundial e criticou a atuação dos mercados que pretendiam dispensar a regulação do Estado. O presidente destacou, no discurso de abertura da Assembléia Geral da ONU, que o Brasil foi um dos últimos países a sentir os efeitos da crise global e um dos primeiros países a sair dela, mas enfatizou que "não tem ilusão" de que o País possa resolver a crise sozinho. "A economia mundial é interdependente. É imprescindível refundar a ordem econômica mundial", afirmou Lula. Ele falou também da proposta brasileira de reforma dos órgãos financeiros multilaterais. "Os países pobres e em desenvolvimento têm de aumentar sua participação na direção do FMI e do Banco Mundial", afirmou: "Sem isso, não haverá efetiva mudança e os riscos de novas e maiores crises serão inevitáveis”. Lula afirmou que, com a crise, "o que caiu por terra foi toda uma concepção econômica, politica e social que subjugou o mundo". Ele chamou de "doutrina absurda" a idéia de que os mercados podiam se autorregular, considerando as intervenções dos governos nos mercados "um grande estorvo".

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