quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mais de 150 fiscais da receita fazem operação em jornal crítico da populista peronista Cristina Kirchner

Autoridades fiscais da Argentina fizeram uma operação nos escritórios do Clarín, maior jornal diário do país, nesta quinta-feira, em um movimento que aumenta a tensões entre o governo e uma dos maiores grupos de mídia da América Latina, no momento em que a presidente Cristina Kirchner planeja uma reforma da lei de meios audiovisuais que recebeu críticas de organizações de imprensa argentinas e internacionais. Mais de 150 fiscais da Administração Federal de ingressos Públicos, a Receita Federal argentina, realizaram inspeções em um prédio em Buenos Aires onde funciona a redação do Clarín, de propriedade da empresa de mídia e telecomunicações Grupo Clarín que, segundo analistas, será enfraquecida caso a reforma proposta do governo seja aprovada. O marido e antecessor da presidente, Néstor Kirchner, tem criticado publicamente a cobertura do Clarín sobre o governo, classificando-a de parcial, e descreve a empresa como um "monopólio". A oposição questiona diversos artigos do projeto e considera a iniciativa como parte de uma dura batalha entre o casal Kirchner e o poderoso grupo empresarial. O jornal, por sua vez, tem mantido uma cobertura crítica da proposta de reforma. O Grupo Clarin é proprietário de jornais, televisão e rádio, bem como de empresas de canais a cabo e de acesso à internet. Martin Etchevers, um porta-voz do Grupo Clarín, questionou a operação e disse que a empresa foi um alvo escolhido pelo governo. "Esse tipo de inspeção nunca aconteceu na história do Clarín", disse ele a um canal de TV local. Cristina Kirchner comanda um governo profundamente corrupto. Sua própria eleição já foi eivada de episódios obscuros, como a mala de dinheiro que chegou da Venezuela. Ela faz parte de um movimento de governos populistas na América Latina, liderado pelo clown bolivariano Hugo Chávez, que está tentando silenciar a imprensa em grande parte do continente. Para que esses totalitários bananeiros possam deflagrar suas ditaduras pseudo-socialistas é necessário liquidar com a imprensa livre. A operação foi realizada enquanto diretores de várias entidades, entre elas a Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e a Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas (Adepa) reuniam-se nesta quinta-feira na sede do Senado argentino, em Buenos Aires, no "Encontro pela Liberdade de Expressão", e criticaram duramente o projeto de lei de meios audiovisuais do governo, classificado por eles de uma ameaça a liberdade de expressão e de segurança jurídica.

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