quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ministério Público pede pena máxima de 30 anos para Hildebrando Pascoal pelo crime da motosserra

No último dia do julgamento no Acre do caso que ficou conhecido como o crime da motosserra, o Ministério Público Estadual pediu pena máxima de 30 anos de prisão para os quatro acusados: Hildebrando Pascoal (ex-DEM), ex-deputado federal (cassado) e coronel reformado da Polícia Militar; Pedro Pascoal Duarte Pinheiro Neto (irmão de Hildebrando); Alex Fernandes Barros (sargento da Polícia Militar); e Adão Libório de Albuquerque (servidor público municipal). Além da pena máxima, o Ministério Público pediu que Hildebrando Pascoal pague R$ 500 mil para a família do mecânico Agilson Santos Firmino, o "Baiano", que foi torturado e morto. Em seu depoimento, Hildebrando Pascoal disse que o culpado pela sessão de tortura e assassinato do mecânico, em 3 de julho de 1996, foi o ex-vereador Alípio Ferreira, que já morreu. O ex-deputado afirmou que não conhecia Baiano e disse ser vítima de uma armação por parte de seus adversários. Hildebrando tem uma lista de crimes e condenações tão extensa quanto o número de vítimas executadas pelo esquadrão da morte que liderou. Mesmo preso, já condenado a mais de 80 anos de prisão por dois homicídios, tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha e crimes eleitorais (trocava cocaína por votos) e financeiros, ele ainda assusta os moradores do Estado. Quatro testemunhas do crime da motosserra foram assassinadas. Hildebrando foi condenado por duas dessas mortes. Segundo o Ministério Público, o que motivou Hildebrando a matar Baiano (e a ordenar a morte do filho dele) foi o assassinato de um irmão do então deputado, Itamar. Baiano trabalhava para o acusado pelo crime; foi morto por não saber o paradeiro do patrão. Já o filho (cujo caso será julgado à parte) morreu porque não sabia dizer aos seus algozes onde estava o pai.

Nenhum comentário: