sábado, 12 de setembro de 2009

Ministro italiano diz que "Battisti não é preso político, é um assassino condenado"

O ministro da Justiça da Itália, Angelino Alfano, afirmou na sexta-feira que não há motivos para o Brasil reconhecer o terrorista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, como um preso político. "Não há razões para que os brasileiros considerem Battisti um preso político, e para que considerem o Estado italiano um Estado que não garante os direitos dos encarcerados", afirmou Alfano, questionando os motivos apresentados pelo Ministério da Justiça brasileiro para a concessão do status de refugiado político ao terrorista. Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por homicídios cometidos na década de 1970, quando era membro do grupo terrorista PAC (Proletários Armadas pelo Comunismo). Na última quarta-feira o Supremo Tribunal Federal iniciou a análise do pedido de extradição feito pela Itália. Após mais de 11 horas de sessão, o presidente da Corte, Gilmar Mendes, decretou a suspensão do julgamento, atendendo a uma solicitação de vista do processo feita pelo ministro Marco Aurélio Mello. No momento em que as discussões foram interrompidas, quatro ministros haviam votado a favor da extradição de Battisti e três ratificaram a decisão do governo brasileiro. O ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, também demonstrou confiança de que o terrorista será extraditado: "Estamos absolutamente convencidos que um país importante, um país amigo como o Brasil, não pode sequer imaginar negar que a Itália seja um Estado democrático, que a nossa magistratura respeita as normas do Estado de direito e, portanto, deixar de extraditar Battisti”.

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