quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Na CPI, Petrobras diz que patrocínio não é distribuição de recursos e defende critério técnico

Em depoimento nesta terça-feira à CPI da Petrobras, os diretores de comunicação e marketing da estatal sustentaram que os critérios utilizados para a escolha de projetos que vão receber patrocínio são internacionais e pautados pela transparência. Segundo os dados repassados aos senadores, nos últimos nove anos, mais de 47 mil propostas receberam incentivos financeiros da Petrobras. O valor dos contratos não foi revelado. De acordo com levantamento da estatal, foram 21.320 projetos apresentados diretamente à Petrobras e outros 26 mil inscritos nas seleções públicas. A maior parte dos patrocínios, cerca de 40%, obteve patrocínio por meio da seleção pública, a partir da publicação de editais. A gerente da área de patrocínios da empresa, Eliane Sarmento Costa, afirmou que todos os contratos seguem o Decreto 2.745, editado em 1998, que permite a liberação de recursos sem obrigatoriedade de processo licitação. Em junho, a Petrobras foi envolvida em uma denúncia de irregularidade de patrocínio. A fundação que leva o nome do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi acusada de desviar ao menos R$ 500 mil dos recursos repassados pela Petrobras para patrocinar um projeto cultural. O dinheiro teria ido parar em contas de empresas com endereços fictícios e contas paralelas ligadas à família Sarney. O projeto nunca saiu do papel. A fundação recebeu R$ 1,34 milhão da Petrobras entre o fim de 2005 e setembro passado para preservação de seu acervo.

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