quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O inefável Agaciel Maia reassume cargo no Senado Federal

O ex-diretor geral do Senado Federal, o inefável Agaciel Maia, reassumiu nesta quarta-feira suas atividades na Casa depois de ficar afastado por 90 dias em meio às denúncias de irregularidades cometidas durante a sua gestão, que durou 14 anos. Agaciel Maia era esperado desde o início da manhã para reassumir as funções, já que o prazo do seu afastamento terminava nesta quarta-feira. O inefável ex-diretor, porém, só apareceu no Instituto Legislativo Brasileiro no final do expediente, local onde passará a trabalhar no Senado. Para justificar a ausência, Agaciel Maia disse que passou o dia realizando consultas na biblioteca da Casa sobre os livros que vai usar na montagem de uma biografia dos 1.304 parlamentares que já passaram pelo Senado. A principal tarefa do ex-diretor, daqui para frente, será compilar os dados dos senadores que já passaram pela Casa. É um trabalho fantástico. "Eu vou completar 33 anos de Senado, nunca peguei um atestado médico, não iria faltar ao trabalho depois desse período todinho. Se eu me apresentar de manhã, à tarde, vou fazer um trabalho de pesquisa. Eu vou ficar atuando nessa área acadêmica, de pesquisa. Necessariamente eu não tenho que estar sentado atrás de uma mesa, e tal, o dia todo. Eu vou ficar dentro da biblioteca do Senado, dentro do IBGE, vou fazer essa garimpagem", afirmou o inefável. Ou seja, o cara continua imperial, mandando no seu tempo. Ele disse estar pronto para retomar suas atividades no Senado, mesmo depois de ser afastado do cargo: "Sempre fui preparado para voltar, como diz a gíria aqui da Casa, à planície”. Agaciel disse acreditar que, ao final das investigações, será inocentado das acusações. Ele disse que nunca recebeu "ordens ilegais" e negou que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de quem é amigo pessoal, tenha lhe pedido para nomear parentes na instituição. Agaciel também negou que o filho de Sarney, o empresário Fernando Sarney, tenha lhe feito qualquer pedido para empregar familiares no Senado.

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