domingo, 20 de setembro de 2009

Polícia investiga 13 distribuidoras que vendem medicamentos desviados dos hospitais de São Paulo

Uma ação em conjunto da Polícia Civil e da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo investiga 13 distribuidoras que comercializam remédios desviados dos hospitais públicos para 20 Estados, além do Distrito Federal. As investigações fazem parte da operação Medula deflagrada na manhã de sexta-feira. Nove pessoas foram detidas e duas permanecem foragidas. A maioria dos medicamentos desviados, roubados ou furtados dos hospitais públicos, eram utilizados no tratamento contra o câncer. Foram encontradas 33 ampolas de Mabthera, utilizado no tratamento de leucemia, que custa cerca de R$ 6.000,00 cada uma. A ação foi mapeada pelo DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), 1º DP de Santo André e 2º Seccional Sul, onde foram identificados alguns integrantes da quadrilha. A Vigilância Sanitária fiscaliza 21 locais, entre hospitais e clínicas, que compraram os medicamentos no Estado de São Paulo. O medicamento não pode ser vendido em farmácia, e deve ser administrado em clínicas e hospitais de infusão. A polícia afirmou que a quadrilha agia no hospital Mário Covas, no Instituto do Câncer, no hospital do Servidor Público e em um posto de fornecimento no bairro da Vila Mariana. Em agosto deste ano já tinham sido presos outros sete funcionários dos hospitais suspeitos de roubar medicamento. Dahir Fernandes Filho, acusado de chefiar a quadrilha, aliciava funcionários dos hospitais e revendia os medicamentos roubados por meio de três distribuidoras pertencentes aos três filhos, também presos na sexta-feira. Era uma organização familiar, que contava ainda com a presença do ex-genro do suspeito. A família possui quatro distribuidoras localizadas em Santos, Sorocaba e São Paulo. O sócio de um dos seus filhos em uma distribuidora foi detido na semana passada com 35 caixas de medicamentos desviados.

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