quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Senador do PSDB contrata mulher de Agaciel Maia para trabalhar em seu gabinete

O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) é um político corajoso, que não se importa para os rumores sobre personagens envolvidos em escândalos. Tanto que resolveu contratar para trabalhar em seu gabinete a servidora Sânzia Maia, mulher do ex-diretor-geral do Senado Federal, o inefável Agaciel Maia. O ex-diretor é apontado nas denúncias como o principal articulador das irregularidades administrativas descobertas na Casa. Papaléo Paes chama a contratação de Sânzia Maia de um "gesto de humanidade". O senador revela uma fonte humorística desconhecida. Agaciel Maia corre o risco de ser demitido do Senado Federal a bem do serviço público. O senado Papaléo Paes é aliado regional de Sarney, nega que tenha sido convocado a contrata Sânzia Maia, e diz que não há fato algum que "desabone" o trabalho dela. Engraçadinho..... o Senado tem dez mil funcionários, e ele vai escolher logo Sânzia. "Não tem politicagem alguma nessa história. Não recebi nenhum pedido. É um gesto de humanidade. Eu estava passando pelo corredor outro dia e um funcionário comentou comigo que Sânzia estava procurando um lugar em um dos gabinetes. Mandei me procurar. Eu me imagino no lugar dela. Penso que, se fosse minha família, alguém faria o mesmo. Não é justo que por um erro meu, minha esposa, meus filhos não consigam mais uma boa colocação", disse o humanitário senador. O Editor de Videversus está pensando seriamente em ir até Brasília para dizer que está precisando de auxílio. Atualmente, a mulher do inefável Agaciel Maia está trabalhando na gráfica, berço político do ex-diretor. Recebe o equivalente a uma FC 7, no valor de R$ 3.302,42. Sânzia permaneceu de 1999 até 2008 em uma situação considerada irregular na Casa. Foi nomeada pelo próprio marido para comandar a Secretaria de Estágios, mesmo com a Lei 8.112/90, que trata do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, proibindo que se mantenha sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. Ela acabou exonerada da função em 2008 quando o Supremo Tribunal Federal proibiu o nepotismo nos três Poderes. O Senado estuda a demissão do inefável Agaciel Maia. Foi criada uma comissão para analisar a responsabilidade dele na edição dos atos secretos. O prazo para que a comissão decida sobre o futuro deles terminaria no dia 6 de setembro, mas deve ser prorrogado por pelo menos mais 30 dias. O inefável Agaciel Maia está afastado do Senado até o dia 25 de setembro. Na véspera da primeira secretaria do Senado determinar abertura de investigação, ele pediu uma licença remunerada de 90 dias para a instituição. Alegou que tem sido vítima de acusações "absurdas e descabidas". O ex-diretor também é investigado pela Polícia Legislativa, que espera autorização da Justiça para prorrogar o inquérito que apura a nomeação sigilosa de uma servidora no gabinete do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) ocorrida pelas mãos do inefável Agaciel Maia.

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