terça-feira, 6 de outubro de 2009

BNDES vai ser o principal financiador da Copa e da Olimpíada

O BNDES vai ser o principal financiador das duas maiores competições esportivas do mundo, a Copa de 2014 e a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. O banco deve oferecer ao menos R$ 15 bilhões para os eventos. Mais do que bancar diretamente os custos das empreitadas bilionárias, o governo federal vai passar ao BNDES a tarefa de custear com empréstimos os principais gastos de infraestrutura urbana, os mais custosos, para os dois eventos. O banco de desenvolvimento foi a saída escolhida pela União para honrar os principais gastos com os projetos esportivos, com menos riscos de perder dinheiro. Caberá ao governo federal investir em portos, aeroportos e paisagismo. Uma pista disso foi o recado que a ministra chefe da Casa Civil, a candidata petista Dilma Rousseff, deu ao diretor de Inclusão Social e de Crédito do BNDES, Élvio Gaspar, na última sexta-feira, uma hora antes do anúncio da vitória do Rio de Janeiro para 2016: "Prepare-se, você terá muito trabalho!". O banco vai disponibilizar inicialmente R$ 5 bilhões para o PAC da Mobilidade, programa que prevê a construção de vias, criação de corredores de ônibus articulados e a expansão com criação de outras linhas do metrô carioca. Segundo o ministro Márcio Fortes, o valor pode aumentar. O BNDES vai disponibilizar R$ 4,8 bilhões para a reforma e construção de estádios para a Copa, mais do que os R$ 3,6 bilhões previstos. Esse montante já prevê o teto de R$ 400 milhões por estádio, limite de financiamento de 75% e inclui recursos para três instalações privadas, Morumbi (do São Paulo), Beira-Rio (do Internacional), e Arena da Baixada (do Atlético Paranaense). A Olimpíada deve custar R$ 25,9 bilhões, sete vezes o valor do Pan-07, de R$ 3,7 bilhões. O BNDES também abrirá uma linha para reforma de hotéis para a Copa, de R$ 1 bilhão, variando de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões, em média, por imóvel. Com a Olimpíada, o montante deve subir para até R$ 5 bilhões, porque é necessária a construção de mais 10 mil a 12 mil quartos no Rio de Janeiro, para atender os parâmetros olímpicos.

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