quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cineasta Roman Polanski pode optar por enfrentar Justiça dos Estados Unidos


O diretor de cinema Roman Polanski, que está preso na Suíça, pode decidir enfrentar a justiça nos Estados Unidos, onde é procurado por uma acusação de crime sexual cometido em 1977, para evitar procedimentos prolongados de extradição, disse um de seus advogados nesta quarta-feira. O cineasta premiado com o Oscar foi preso na Suíça em 26 de setembro para fins de extradição pela acusação de violência sexual. Um tribunal suíço rejeitou na terça-feira seu pedido de libertação sob fiança, dizendo que seria grande o risco de ele fugir. "Se o sistema de Justiça suíço não levar em consideração os argumentos contrários à extradição, podemos estar indo no rumo dela", disse o advogado Georges Kiejman. "Se o procedimento se arrastar, não é impossível que Roman Polanski possa optar por ir explicar-se nos Estados Unidos, onde há alguns argumentos em seu favor", disse George Kiejman. As autoridades norte-americanas têm até o final de novembro para formular um pedido inequívoco de extradição. Fontes judiciais disseram que, se Polanski o contestar, o processo poderá levar anos. Polanski, de 76 anos, tem cidadania dupla, francesa e polonesa. As autoridades suíças o detiveram a pedido dos Estados Unidos quando ele viajou a Zurique para receber um prêmio pelo conjunto de sua obra. Em 1977 ele se confessou culpado de fazer sexo com uma menina de 13 anos e passou 42 dias na prisão, sendo submetido a exames psiquiátricos. Mas, em 1978 ele fugiu dos Estados Unidos, antes de ser sentenciado, temendo que o juiz passasse por cima do acordo judicial que fechara, pelo qual se confessou culpado e previa ser libertado após os 42 dias de prisão já cumpridos, e pudesse sentenciá-lo a 50 anos de prisão. Polanski, que fez sucesso nas bilheterias norte-americanas com seus filmes "O Bebê de Rosemary" e "Chinatown", teve uma carreira de sucesso na Europa e recebeu um Oscar de melhor diretor por seu filme de 2002 "O Pianista", sobre o Holocausto. É preciso elogiar a capacidade da justiça norte-americano de perseverar no seu propósito de ser realizada. E Polanski não tem desculpas: um homem adulto meter-se com uma criança de 13 anos, merece mesmo cadeia. Em qualquer lugar civilizado isso é crime. Em Porto Alegre, homens públicos de destaque estão escandalosamente envolvendo-se em relações pedófilas. As possibilidades do poder deturpam os comportamentos. O mais engraçado é que esses homens públicos se mostram extremamente devotados aos seus filhos, aos quais adoram passar em doação os seus patrimônios.

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