sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Grupo Clarín denuncia funcionário do governo argentino por tentar expropriação

A forte disputa entre o governo argentino e os principais meios de comunicação do país se agravou nesta quinta-feira depois que um funcionário do governo foi denunciado na Justiça por ter ameaçado intervir na maior empresa provedora de papel aos jornais. Segundo o Grupo Clarín, principal conglomerado de comunicação da Argentina, o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, alertou os acionistas da empresa Papel Prensa que pode emitir um decreto para que o Estado assuma a companhia por não estar de acordo com sua administração. A Papel Prensa é controlada pelo Clarín, que poderia se ver obrigado a vender rapidamente alguns de seus veículos se o Congresso aprovar na sexta-feira um projeto de lei de radiodifusão que busca reduzir a concentração no setor. Segundo o governo, a norma pretende “democratizar a propriedade dos meios de comunicação”. Já as empresas jornalísticas garantem que o governo procura cercear a liberdade de imprensa deixando nas mãos de empresários próximos ao governo os principais meios de comunicação do país, na maioria críticos da gestão da presidente peronista populista Cristina Kirchner, que conduz uma administração muito incompetente.

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