domingo, 11 de outubro de 2009

Interesses de Lula na Vale do Rio Doce esbarram em contrato

As mudanças que o presidente bolivariano Lula sonha promover na Vale do Rio Doce chocam-se de frente com compromissos assumidos pelo BNDES e por fundos de pensão que controlam a mineradora, por meio de contrato assinado no processo de privatização.Com esse acordo, qualquer mudança nos rumos da companhia precisa contar com o apoio dos sócios privados Bradesco e Mitsui. Lula tem demonstrado interesse em mexer na diretoria da Vale do Rio Doce, por meio dos fundos de pensão. Já houve pressão até pela substituição de seu presidente, Roger Agnelli. Lula pressiona os fundos por mudanças na diretoria da empresa e mira dois executivos ligados ao PSDB. Um deles é Fábio Barbosa, de finanças, que foi secretário do Tesouro entre 1999 e 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso. A outra é Carla Grasso, de recursos humanos, mulher de Paulo Renato Souza, ex-ministro da Educação de Fernando Henrique Cardoso e hoje secretário da Educação de José Serra. Desde o início da crise, quando a Vale do Rio Doce demitiu 1.900 pessoas e cortou US$ 5 bilhões em investimentos, Lula tem mostrado publicamente a insatisfação com a empresa.

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