segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Libertada última presa palestina em troca de vídeo de Shalit

Israel libertou neste domingo Rauda Habib, a última presa palestina das 20 liberadas em troca de um vídeo do soldado israelense Gilad Shalit, capturado há três anos por três milícias palestinas. Habib foi transferida na manhã de domingo à faixa de Gaza, colocando fim à troca estipulada entre as autoridades israelenses e a organização terrorista Hamas, com mediação egípcia e alemã. A detenta, irmã de Khader Habib, dirigente político da Jihad Islâmica e sobrinha de Fatima al Ziq, outra das 20 presas que obtiveram a liberdade, ela cumpria pena em Israel por tentativa de assassinato e colaboração terrorista. A princípio, Habib não estava entre as presas escolhidas para serem libertadas, mas, depois que um juiz determinou a libertação de Barah Maliki na quarta-feira passada, por redução de pena, o Hamas exigiu que fosse incluída uma nova detenta na lista. Rauda Habib e Fatima al Ziq foram detidas pelas forças israelenses em 18 de maio de 2007 quando atravessavam a passagem de Erez para serem atendidas em um hospital israelense, e foram declaradas culpadas de tentar introduzir explosivos para facilitar atentados da Jihad Islâmica. Na sexta-feira passada, Israel deixou em liberdade outras 19 presas em troca da entrega de um vídeo que mostrava o soldado Shalit vivo e em bom estado físico e mental. Das 20 presas, apenas duas eram de Gaza, enquanto as outras 18 residiam na Cisjordânia, onde foram recebidas na sexta-feira. Shalit foi seqüestrado em 25 de junho de 2006, com 19 anos, quando fazia guarda junto à fronteira com Gaza, pelo braço armado da organização terrorista Hamas, as Brigadas de Ezedin al Qassam, e por outros dois grupos terroristas palestinos, os Comitês Populares de Resistência e o Exército do Islã. O governo israelense permanece desde então sob uma forte pressão para conseguir a libertação do soldado, cujo caso gerou contínuas campanhas de apoio no país. O Hamas exige em troca do soldado a libertação de mais de mil presos palestinos, várias centenas deles condenados por crimes de sangue. A organização terrorista Hamas informou neste domingo em seu site que a falta de acordo se deve, fundamentalmente, à recusa de Israel em libertar Ibrahim Hamed, líder das Brigadas de Ezedin al Qassam na Cisjordânia, detido em 2006 por colaborar em atentados que causaram a morte e ferimentos a 78 israelenses. Conforme o governo de Israel, nenhuma das 19 mulheres libertadas nesta sexta-feira esteve diretamente envolvida em homicídios nem presa há menos de dois anos.

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