sábado, 17 de outubro de 2009

Mudança no Banco Central deve começar após próxima reunião do Copom

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Mário Torós, deve deixar a diretoria da instituição ainda neste ano. Ele participará da reunião do Copom, comitê de diretores que fixa a taxa de juros, nos próximos dias, e sua saída poderá ser oficializada algumas semanas depois, ainda antes da última reunião deste ano, no começo de dezembro. O substituto será preferencialmente alguém de fora do Banco Central, mas não necessariamente do mercado financeiro. A substituição de Torós por um funcionário de carreira não está descartada. A saída de Torós deverá ser a primeira alteração na cúpula do Banco Central até março, quando o presidente do banco, Henrique Meirelles, decidirá se concorre a um cargo nas eleições de 2010. Henrique Meirelles se filiou ao PMDB no começo do mês. Torós não é o único diretor que já manifestou a intenção de sair. Mário Mesquita (Política Econômica) e Gustavo Matos do Vale (Liquidações e Controle de Operações do Crédito Rural) também já sinalizaram que querem deixar o Banco Central. No caso de Mesquita, apesar de ter sido um dos primeiros a pedirem para sair na virada deste ano, sua substituição é considerada mais difícil de ser feita porque ele ocupa um cargo estratégico, como um dos principais formuladores da política monetária. Já Matos do Vale é funcionário de carreira e pode ser um apoio importante para o novo presidente do Banco Central. Henrique Meirelles tenta manter Mesquita e Matos do Vale na diretoria, e também trabalha para fazer o atual diretor de Normas, Alexandre Tombini, o presidente do banco até o final do governo Lula.

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