terça-feira, 6 de outubro de 2009

Yeda Crusius se diz vítima do "mercado de escândalos" e admite candidatura à reeleição

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), contestou nesta segunda-feira, em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, o resultado da pesquisa Ibope divulgada neste fim de semana sobre a avaliação de sua administração e afirmou que também quer saber o porquê da rejeição a sua administração. "Os entrevistados não estão pedindo o meu impeachament. A pergunta é se estão de acordo com o pedido de impeachment. Eles querem a investigação assim como eu quero", afirmou Yeda Crusius, ao lembrar que já foi inocentada em três investigações. Ao ser questionada sobre a possibilidade de não concorrer à reeleição em 2010, Yeda Crusius disse que em 2002 já abriu mão da disputa em favor do grupo político que apoiava a candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República. Porém, admitiu que é pré-candidata à reeleição: "Já provei que eu ajudo. Eu sou uma pré-candidata que respeita todas as informações que eu tenho”. A governadora disse que não é vítima de uma perseguição, mas de um "jogo do mercado de escândalos". Sobre as denúncias contra seu governo, Yeda Crusius disse que elas surgiram porque saneou o déficit público no Estado, o que levou para o Rio Grande do Sul a polarização PT-PSDB. Mas, ressaltou que toda investigação que se encerra, termina a seu favor. Segundo Yeda, as notícias negativas contra o seu governo estão afetando a imagem e os investimentos do setor privado no Estado: "Empresários já estão questionando se tem algum perigo em investir no Rio Grande do Sul". Yeda Crusius respondeu que as denúncias vêm de um "mercado de escândalos". "Essa técnica assassina moralmente as pessoas", declarou ela: "É uma turba de fofoqueiros, de caluniadores. Acho que eu mexi com muitos interesses e hábitos arraigados dos quais não participava”. Yeda Crusius defendeu cautela na rotulagem dos políticos “ficha suja”: “Não se pode rotular uma pessoa de ficha suja sem olhar qual é o processo jurídico que ela responde e foi condenada".

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