sábado, 14 de novembro de 2009

Governistas prometem indicar membros da CPI do MST para evitar obstrução de votações

Na tentativa de evitar que a oposição dificultem a votação dos projetos que regulamentam a exploração do pré-sal na Câmara, os líderes governistas se comprometeram a indicar na terça-feira seus representantes na CPI mista (deputados e senadores) que vai investigar repasses do governo para entidades ligadas à organização terrorista MST. Em meio ao período eleitoral, DEM e PSDB temem o esvaziamento das investigações por partidos governistas, por isso cobram a instalação da CPI este ano. Com a promessa da oposição de bloquear as votações na Câmara e no Senado e o receio de que o assunto traga desgastes para o Palácio do Planalto, com a possibilidade de ser explorado eleitoralmente, os governistas recuaram. "Nós estamos conversando e na próxima terça-feira devemos apresentar os nomes. E se houver acordo, a CPI pode começar na semana seguinte. Agora, é preciso deixar claro que reforma agrária não vai ser objeto dessa CPI e vamos investigar todos os ramos envolvidos nesses repasses, inclusive a CNA (Confederação Nacional de Agricultura)", disse o líder do PT na Câmara dos Deputados, o deputado federal Cândido Vacarezza (SP). Os governistas não pensam em dar espaço para oposição no comando da CPI. Pelo acordo que está sendo costurado, PT e PMDB pretendem dividir a direção dos trabalhos. A relatoria ficaria com o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP). A presidência seria entregue ao PMDB, sendo os mais cotados os senadores Valdir Raupp (RO) e Almeida Lima (SE). Anote aí: essa CPI não vai dar em coisissima alguma, porque o PT não vai deixar.

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