domingo, 22 de novembro de 2009

Há quem tenha coragem para dizer na cara do facínora Ahmadinejad o que é preciso dizer

Leia com atenção o que escreveu o jornalista Reinaldo Azevedo sobre o facínora fascista islâmico iraniano Mahmoud Ahmadinejad na sexta-feira em seu blog: "No dia 24 de setembro de 2007, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que chega ao Brasil na segunda, falou na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, num evento organizado pela Escola de Assuntos Públicos e Internacionais da instituição. Aquele ano foi dedicado às questões iranianas, e a presença do facinoroso foi apenas um dos eventos. Lee Bollinger, presidente da Columbia — lá, os reitores têm esse título — optou por fazer uma fala introdutória, prévia, ao discurso de Ahmadinejad. E fez história. A descompostura é fabulosa. No vídeo abaixo, não está toda a sua fala. Antes do ponto em que vocês podem assistir, ele agradece os esforços dos coordenadores do evento e lembra: “Ouvir idéias que nós deploramos não implica endossá-las nem é sinal de fraqueza ou ingenuidade diante dos perigos reais inerentes a essas idéias”. O reitor se preparava para lançar um foguete contra Ahmadinejad. “Uma das premissas cruciais da liberdade de expressão é que não tornamos honrada a desonra quando abrimos o debate para que ela se manifeste”. O reitor diz compreender o ponto de vista daqueles que acreditam que aquele evento — a presença de Ahmadinejad na Columbia — jamais deveria estar acontecendo, desculpa-se com aqueles que se sentirem pessoalmente atingidos pelo fato e diz que fará o máximo para aliviar seu sofrimento. De modo enfático, afirma: “Que fique claro de uma vez por todas: este evento não tem absolutamente nada a ver com o ‘direito’ de quem fala, mas apenas com o nosso direito de ouvir e falar. Fazemos isso por nós”. Lee Bollinger exalta os valores da liberdade, fala da necessidade de entender o mundo e lembra que a universidade não ocupa escalões do poder. Não faz a paz nem faz a guerra. Mas forma cérebros. E então passa a se dirigir diretamente a Ahmadinejad. Ele fala da brutal repressão de professores universitários, jornalistas e defensores dos direitos humanos O reitor cita casos de perseguição a professores — um deles formado na Columbia e convidado a dar aula na Universidade, diz que a Anistia Internacional acusa a execução de 210 pessoas, 21 delas só no dia 5 de setembro. Entre os mortos estavam crianças e defensores dos direitos humanos. Lembra que se fazem execuções públicas, violando convenções internacionais de direitos civis de que o Irã é signatário. Isso tudo antecede o trecho do vídeo que está aí. O texto que segue depois dele são trechos da fala do reitor dirigindo-se diretamente a Ahmadinejad.

“Essas e outras execuções coincidiram com a selvagem repressão contra ativistas estudantis e professores, acusados de fomentar a chamada ‘revolução suave’ (…) Como disse a doutora Esfrandiari em uma entrevista, ela ficou presa numa solitária por 105 dias porque o governo acreditava que os Estados Unidos planejavam uma “Revolução de Veludo” no Irã. Nesta mesma sala, no ano passado, nós aprendemos alguma coisa sobre a Revolução de Veludo de Vaclav Havel. E ouviremos algo semelhante de Michelle Bachelet, presidente do Chile. Estas duas histórias extraordinárias lembram-nos de que não há prisões suficientes para impedir uma sociedade que queira ser livre de ser livre. Nós, nesta universidade, não temos receio de protestar contra o nosso governo e de contestá-lo em nome desses valores. E não temos receio de criticar o seu governo. Vamos deixar claro de saída: senhor presidente, o senhor exibe todos os sinais de um ditador mesquinho e cruel. E eu lhe pergunto: por que as mulheres, os membros da religião Baha’i, homossexuais e muitos dos nossos colegas professores são alvos de perseguição em seu pais? Por que, numa carta ao secretário geral da ONU na semana passada, Akbar Gangi, um dissidente, e outras 300 personalidades, entre intelectuais, escritores e laureados com o Prêmio Nobel acusam que a sua retórica inflamada contra o Ocidente busca desviar a atenção do mundo das condições intoleráveis que o seu regime criou dentro do Irã, em especial o uso da Lei de Imprensa para banir os críticos? Por que o senhor tem tanto medo de que os cidadãos iranianos expressem suas opiniões em favor de mudanças? (…) O senhor me deixa liderar uma delegação de estudantes e professores da Columbia para falar na sua universidade sobre liberdade de expressão, com a mesma liberdade que lhe garantimos hoje? O senhor fará isso?” No video vê-se a continuidade da pregação do reitor, falando sobre a negação do Holocausto pelo facínora fascista islâmico Mahmoud Ahmadinejad: "“Em dezembro de 2005, num programa da TV estatal, o senhor se referiu ao Holocausto como uma invenção, uma lenda. Um ano depois, o senhor apoiou uma reunião de negadores do Holocausto. Para os iletrados, os ignorantes, isso é propaganda perigosa. Quando o senhor vem a um lugar como este, isto faz do senhor simplesmente um ridículo. Ou o senhor é um provocador descarado ou é espantosamente mal-educado (sem formação intelectual). O senhor precisa saber que a Columbia é um centro mundial de estudos judaicos e, agora, em parceria com o Instituto YIVO, de estudo do Holocausto. (…) A verdade é que o Holocausto é o mais documentado evento da história humana. (…). O senhor vai parar com esse ultraje? O reitor fala também sobre a determinação do facínora fascista islâmico de produzir a destruição do Estado de Israel: "Doze dias atrás o senhor disse que o Estado de Israel não pode continuar a existir. Isso repete inúmeras declarações inflamadas que o senhor tem feito nos últimos dois anos, incluindo a de outubro de 2005, segundo a qual Israel tem de ser “varrido do mapa”. A Columbia tem mais de 800 ex-alunos vivendo em Israel. Como instituição, temos profundos laços com nossos colegas de lá. Eu, pessoalmente, tenho me manifestado com força contra propostas de boicotar estudantes e especialistas de Israel dizendo que isso seria boicotar a própria Columbia. Mais de 400 colegas e reitores neste país pensam o mesmo. Minha pergunta, então, é: “O senhor planeja nos varrer do mapa também?” O reitor também fala sobre o financiamento do terrorismo: "De acordo com o Council on Foreign Relations, está bem documentado que o Irã é patrocinador do terror, financiando grupos violentos como o libanês Hezbollah, que o Irã ajudou a organizar em 1980, e os palestinos Hamas e Jihad Islâmica. Enquanto o governo que o precedeu colaborou com os Estados Unidos na campanha contra o Taliban, em 2001, o seu governo está atacando sorrateiramente as tropas norte-americanas no Iraque, financiando, armando e garantindo livre trânsito para líderes insurgentes como Muqtada al-Sadr e suas forças. Há inúmeros relatos que ligam o seu governo com os esforços da Síria para desestabilizar o frágil governo do Líbano por meio da violência e do assassinato político. Minha questão é esta: por que o senhor apóia organizações terroristas que continuam a golpear a paz e a democracia no Oriente Médio, destruindo vidas e a sociedade civil na região?" E continua o reitor: "O general David Patraeus afirmou que armas fornecidas pelo Irã (…) estão contribuindo para a sofisticação de ataques, “que não seriam possíveis sem o apoio do Irã”. Muitos formados da Columbia e estudantes estão entre os bravos militares que estão servindo ou serviram no Iraque e no Afeganistão. Eles, como outros americanos com filhos, filhas, pais, maridos e mulheres que estão em combate vêem, certamente, o seu governo como inimigo. O senhor pode lhes dizer e a nós por que o Irã está lutando uma guerra que não é sua no Iraque, armando a milícia Shi’a, alvejando e matando tropas americanas?" Por fim, o reitor da Columbia University, na cara da Mahomoud Ahmadinejad, disse-lhe: "Nesta semana, o Conselho de Segurança da ONU avalia ampliar as sanções contra o Irã pela terceira vez porque o seu governo se recusa a suspender o programa de enriquecimento de Urânio. (…) Por que o seu país se recusa a aderir ao padrão internacional de verificação de armas nucleares, em desafio a acordo que o senhor fez com a agência nuclear das Nações Unidas? E por que o senhor escolheu fazer o seu próprio povo vítima dos efeitos das sanções internacionais, ameaçando fazer o mundo mergulhar na aniquilação nuclear? Deixe-me encerrar com este comentário. Francamente, com toda sinceridade, senhor presidente, eu duvido que o senhor tenha coragem intelectual de responder essas questões". No Brasil, até o momento, não se viu um único desses que se dizem intelectuais apresentar coragem similar para dizer a esse ditador facínora islâmico o que deve ser dito. E não dizem porque a intelectualidade brasileira está de quatros para um governo populista imperialista.

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