domingo, 15 de novembro de 2009

Juiz ordena detenção de dois peruanos e dois chilenos por espionagem

Um juiz de Lima ordenou a detenção de dois suboficiais peruanos e a captura de dois militares chilenos acusados de estarem implicados em um caso de espionagem. O governo peruano confirmou no sábado que um suboficial da Força Aérea peruana, que serviu na embaixada de seu país no Chile até 2003, foi descoberto espionando para o país vizinho. O juiz Luis Garzón Castillo, a cargo do Julgado Penal de Turno Permanente da Corte Superior de Lima, abriu processo contra o suboficial pelas acusações de revelação de segredos nacionais, espionagem e lavagem de ativos em agravo do Estado. Além disso, ditou ordem de detenção contra outro suboficial da Força Aérea peruana pela acusação de cumplicidade nos delitos de revelação de segredos nacionais e espionagem, em prejuízo do Estado peruano. A resolução judicial também ordena a captura de dois militares chilenos, acusados de serem os instigadores destes delitos. A resolução diz que antes de solicitar a extradição dos dois chilenos se deverá confirmar os dados que se têm sobre sua identidades. O suboficial da Força Aérea peruana detido por espionagem confessou perante a polícia especializada e a promotoria que recebeu em média US$ 3 mil mensais dos dois chilenos em troca de informação confidencial e secreta. O caso fez hoje que o governo peruano decidisse chamar a consultas seu embaixador em Santiago e que o presidente Alan García antecipasse seu retorno a Lima, sem se reunir em Cingapura com sua colega chilena, Michelle Bachelet. Disse o presidente peruano: "Estou antecipando em 24 horas minha volta para ter mais informações e poder me expressar de dentro do Peru". O chanceler peruano, José Antonio García Belaunde, considerou o caso de espionagem um "ato ofensivo". O embaixador peruano em Santiago deve ser chamado para consultas.

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