segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Líbios são excluídos do Fórum de Davos por conflito com Suíça

Os representantes líbios não poderão participar do Fórum Econômico de Davos enquanto não forem normalizadas as relações entre Líbia e Suíça, anunciou o porta-voz do fórum, Kai Bucher, no sábado. As relações entre os dois países são tensas desde que o regime líbio reteve, em julho de 2008, dois suíços como represália pela breve detenção em Genebra de Hannibal, um dos filhos do líder líbio, Muammar Kadafi. O porta-voz, que confirmou a decisão adiantada semanas atrás pelo fundador e diretor do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, declarou que os pedidos de inscrição de cidadãos líbios para o próximo Fórum de Davos serão rejeitados. No ano passado, Saif al-Islan Kadafi, outro filho do líder líbio, participou do Fórum e aproveitou a ocasião para falar sobre esta crise com a ministra de Assuntos Exteriores suíça, Micheline Calmy-Rey. O conflito diplomático entre Suíça e Líbia explodiu quando Hannibal, um dos filhos de Kadafi, foi detido por algumas horas em Genebra em julho de 2008, após ter sido acusado de maus-tratos por dois empregados domésticos. A polícia o deteve junto com sua esposa, grávida de oito meses, e pouco depois o liberou após pagamento de uma grande fiança. Após este incidente, as autoridades líbias retiveram dois empresários suíços e congelaram todas as exportações de gás e petróleo para a Suíça. Os vôos entre os dois países foram cancelados e os suíços foram aconselhados a não viajar à Líbia. Os dois suíços retidos há 16 meses na Líbia estão na Embaixada da Suíça em Trípoli, mas continuam sem poder deixar o país.

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