segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Operação da Polícia Federal contra governador do Distrito Federal assusta DEM

A operação deflagrada na sexta-feira pela Polícia Federal para investigar irregularidades no governo do Distrito Federal e o envolvimento do governador José Roberto Arruda (DEM) no esquema de propina para a base aliada na Câmara Legislativa provocou um clima de apreensão em toda a cúpula nacional do DEM. Único governador do partido, Arruda estava com a exposição em alta na mídia nos últimos meses. Dava entrevistas a grandes veículos de comunicação, com o intuito de valorizar a imagem da legenda em todo o País. Por isso, integrantes do DEM no Congresso passaram o dia preocupados, tentando obter mais informações da operação da Polícia Federal. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) classificou o caso de "muito grave e um acontecimento que preocupa muito": "Não posso falar por todo o partido, mas eu estou preocupado, sim. O DEM não pode tolerar desvios. O momento é de aguardar, mas estamos todos tensos". O presidente nacional do partido, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o "governador é e vai continuar sendo uma vitrine para o DEM": "Da nossa parte cabe agora dar todo o apoio possível. Ele é um governado muito bem avaliado e já disse que vai colaborar com as investigações, o que é fundamental neste momento. Agora, o que é estranho é que criaram fatos consumados antes mesmo do final das investigações". O líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), disse achar estranho que "isso venha à tona em ano pré-eleitoral": "O momento é de esclarecimentos sobre as acusações e sobre a defesa, mas acho que a imagem do partido não fica nem abalada nem desabalada com a operação da Polícia Federal. O partido mantém a confiança em seu governador".

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