domingo, 15 de novembro de 2009

Oposição acusa governo de aparelhar politicamente setor elétrico

A oposição acusa o governo de aparelhamento político do setor elétrico, o que teria impedido a adoção de medidas preventivas ao apagão. "Talvez, se os membros do governo não tivessem se dedicado tanto tempo a fazer acomodações incorretas no fundo de pensão de Furnas, no famoso Real Grandeza, se não tivessem perdido tanto tempo nessa acomodação imprópria, nessa acomodação política, poderiam ter se dedicado a medidas preventivas que evitariam esse apagão", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). O senador Pedro Simon (PMDB-RS), do partido de Lobão, reconheceu que a indicação política para o cargo o levou a minimizar as consequências do apagão. "Nosso correligionário, o ministro de Minas e Energia, mostrando uma ingenuidade fantástica, disse que o apagão foi por causa de um raio, que está encerrado o assunto e não se fala mais nisso. Claro que sua excelência não é um técnico, não é uma pessoa entendida na matéria. Se fosse, entenderia que os técnicos do Ministério de Minas e Energia não podem dizer: não se fala mais nisso. É preciso que se dê uma explicação completa sobre o que acontece", cobrou Simon. Em meio à divisão política do setor que acabou exposta depois do apagão, parlamentares petistas afirmaram que o PMDB está no comando dos cargos-chave da área no momento em que o apagão atingiu o governo Lula. A estratégia seria, segundo peemedebistas, distanciar o apagão da candidata petista Dilma Rousseff para evitar danos à sua candidatura ao Palácio do Planalto.

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