sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Oposição rebate Dilma Rousseff e diz que "não republicano" é fugir do debate do apagão

A oposição reagiu nesta quinta-feira à declaração da candidata petista Dilma Rousseff (ministra chefe da Casa Civil) de classificar como algo "não republicano" a politização do apagão que atingiu o país há dois dias. Senadores do DEM e PSDB afirmaram que Dilma Rousseff quer desvincular sua imagem à do apagão para evitar danos à sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2010. "Quando ela tem argumentos e razão, ela corre para cima do assunto. Quando não tem argumentos, procura se esconder, e é ajudada pelo governo, que procura blindá-la", disse o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Para o líder do PSDB no Senado Federal, senador Arthur Virgílio (AM), Dilma Rousseff adotou postura "não republicana" ao ter se mantido em silêncio sobre o apagão de terça-feira. "Ela deve imaginar que republicano é o pensamento único. Ela tem um critério de republicanismo que não é o meu, do meu partido. Mas ela não pode impedir que eu e o meu partido falemos. Talvez republicano seja a omissão dela nesses dias todos", afirmou. Na opinião de Arthur Virgilio, Dilma Rousseff manteve-se em silêncio sobre o apagão para não arranhar sua candidatura no ano que vem, repassando as responsabilidades ao ministro Edison Lobão. "Ela deve sair de cena aconselhada pelo marqueteiro, e voltar à cena aconselhada também pelo marqueteiro. Essa é uma República perigosa", afirmou. A oposição também reagiu ao fato de Dilma Rousseff ter classificado de "barbeiragem" os racionamentos de energia, como ocorreu no País na gestão de Fernando Henrique Cardoso. "Eu sou muito mais tentado a achar que houve barbeiragem agora do que raio. Esse sistema dito como sólido, e ela garantindo que não haveria apagão não aguenta um raio? Um barco no Amazonas tem para-raio", disse Arthur Virgílio.

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