terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Aiatolá iraniano defende execução de líderes oposicionistas

O influente religioso iraniano aiatolá Abas Vaez Tabasi, um dos representantes regionais do líder supremo do país, afirmou nesta terça-feira que os líderes da oposição iraniana são "inimigos de Deus" e que merecem a morte, conforme a "sharia" (lei religiosa). Esse é o regime vigorosamente defendido por Lula e pelo PT. "Os líderes da sublevação são uns 'mohareb' (inimigos de Deus)", declarou pela TV estatal o aiatolá, que representa o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, na Província de Jorosan (nordeste). "Em nosso sistema judicial, o castigo para os 'mohareb' é claro; eles têm que ser tratados conforme a lei. A sharia estipula a pena de morte para os "mohareb", disse ele. É a barbárie completa à solta praticada ao extremo por esta teocracia fascista. A ameaça, considerada a mais forte lançada contra os líderes da oposição que questionam a reeleição do presidente fascista islâmicod Mahmoud Ahmadinejad em junho passado, coincide com manifestações que reúnem dezenas de milhares de seguidores do governo, pedindo punições aos responsáveis pelos protestos. No domingo, oito pessoas foram mortas durante manifestações contra o governo. A turbulência política no país agora parece ter entrado em uma nova fase, com confrontos mais violentos, mais prisões e apelos das forças de segurança pedindo às autoridades que ajam "firmemente" contra os líderes da oposição. Após um fim de semana de sangrentos confrontos, desencadeados pela celebração xiita da Ashura, o governo intensificou a repressão, cercando no domingo personalidades moderadas para tentar acabar com os protestos nas ruas. Pelo menos 20 integrantes da oposição foram detidos desde domingo, sendo três deles próximos ao dirigente oposicionista Mir Hossein Mousavi, além de um cunhado dele e uma irmã da ativista Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz, segundo sites oposicionistas.

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