sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bolívia deve US$ 2 milhões à Petrobras

Além de amargar um prejuízo com o novo preço do gás natural, a Petrobras não recebe da Bolívia uma dívida de cerca de US$ 2 milhões, referentes ao uso de um pequeno gasoduto localizado em Puerto Suarez, na região fronteiriça. O gasoduto PBT, pertencente à Petrobras, tem 15 quilômetros e é usado para abastecer Puerto Suarez. O aluguel, de cerca de US$ 35 mil mensais, não vem sendo pago há dois anos e meio pela estatal YPFB. O gasoduto em si contraria a nova legislação boliviana sobre a indústria de gás, já que o transporte do produto passou a ser monopólio do Estado. O governo boliviano, porém, até agora não apresentou nenhuma proposta formal para a estatização do negócio. A estatal brasileira tentou incluir a dívida nas negociações dos últimos dias que levaram ao acordo assinado nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, pelo qual a empresa terá de pagar pelo menos US$ 1,2 bilhão a mais pelo gás boliviano até o final do contrato de compra e venda, em 2019. Pelo aditivo assinado nesta sexta-feira, a Petrobras pagará um mínimo de US$ 100 milhões anuais, retroativo a 2007, pelos gases líquidos associados ao gás natural, como o metano, que são subutilizados no Brasil. O aumento do preço do gás foi imposto pelo governo Lula à Petrobras. Funcionários da estatal envolvidos nas negociações temem que o acordo seja reprovado pelo Tribunal de Contas da União.

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