Uma brasileira está em prisão preventiva em Portugal acusada de montar um esquema de garantias bancárias falsas cujo valor apurado até agora ultrapassou 60 bilhões de euros (cerca de R$ 153 bilhões). Segundo a acusação, a paulista M.R.P, de 37 anos, teria falsificado cartas de crédito da agência de Lisboa do Banco do Brasil para operações de importação e exportação. A coordenadora da Unidade de Combate à Corrupção de Polícia Judiciária, Manuela Marta, relata que o caso partiu de uma denúncia do Banco do Brasil. "As investigações começaram a partir de elementos que nos chegaram a partir da própria entidade bancária. Eram documentos muito semelhantes aos originais", disse. As garantias bancárias teriam sido vendidas para empresas de importação e exportação que utilizavam esses documentos para diminuir a taxa de juros na obtenção de empréstimos. A cada garantia bancária falsa, os falsificadores recebiam em contrapartida um valor entre 25 mil e 60 mil euros. A investigação abrange ainda as empresas compradoras dos documentos, que também incorreriam em crime. Os lesados seriam bancos e agências de financiamento de operações de importação e exportação.
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