terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Confirmado, ex-presidente chileno Frei foi assassinado

O candidato governista nas eleições presidenciais deste domingo no Chile, Eduardo Frei Ruiz-Tagle, afirmou que "há uma antes e um depois" no país depois da divulgação pela Justiça, nesta segunda-feira, de que a morte, em 1982, de seu pai, o então ex-presidente Eduardo Frei Montalva (1964-1970), foi um assassinato. "Esta é uma questão importante para a sociedade chilena. Existe um antes e depois, porque nunca se havia atentado contra a vida de um presidente. Isto é um magnicídio (assassinato de pessoa importante)", disse Frei. A decisão do juiz Alejandro Madrid, nesta segunda-feira, de processar seis suspeitos de envolvimento na morte do ex-presidente, aconteceu seis dias antes da eleição em que Frei tenta manter o domínio dos socialistas, no poder desde o fim do governo de Augusto Pinochet (1973-1990). Madrid confirmou que Eduardo Frei morreu em decorrência de envenenamento. Os envolvidos são quatro médicos, um agente da polícia secreta do ditador Pinochet -e um motorista do ex-governante. Todos tiveram as prisões pedidas pelo juiz, responsável pelas investigações desde o ano 2000. "Não acreditávamos que havia tanta crueldade e maldade no Chile, mas os fatos demonstraram que assim era. Evidentemente, há pessoas próximas do presidente Frei envolvidas em seu assassinato", lamentou o filho do ex-presidente, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto. Frei Ruiz-Tagle, que também foi presidente, entre 1994 e 2000, afirmou ser contra a Lei da Anistia e disse esperar que "todos os processos continuem, para que as pessoas com familiares em situação similar possam saber exatamente o que aconteceu com eles".

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